Home / Banco do Brasil / ANS instaura direção fiscal na Cassi

ANS instaura direção fiscal na Cassi

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou na segunda-feira, 22/07, a Resolução Operacional nº 2.439, que instaura a direção fiscal na Cassi e, nos próximos dias, nomeará o diretor fiscal. Isso, no entanto, não altera a rotina nos atendimentos assistenciais, bem como os pagamentos a prestadores e demais fornecedores. É importante dizer que essa situação é responsabilidade do Banco do Brasil que se negou a assumir, durante todo o processo de negociação, sua responsabilidade em relação à saúde dos associados.

O Grupo “Vem pra luta, a Cassi é nossa!” elaborou uma carta destacando alguns pontos referentes à situação:

1 – É uma vergonha que, com lucro de 12,8 bilhões em 2018, o BB deixe o plano de saúde de seus funcionários sem reservas financeiras. O lucro do banco só existe em virtude dos funcionários, e a mesquinhez do BB com nossa saúde tem que ser denunciada.

2- O atendimento da Cassi e o pagamento a fornecedores permanece inalterado durante o regime de direção fiscal.

3- Durante esse regime especial, a ANS não destitui a diretoria da CASSI, muito menos terá o poder de mudar seu estatuto. Neste período, a ANS acompanhará a questão financeira da CASSI. Cabe salientar, que nossas informações se baseiam em exemplos REAIS de intervenções: GEAP e Caixa de Assistência dos Funcionários do BASA. Nenhum deles parou de funcionar ou teve sua carteira alienada.

4- Temos visto cenas lamentáveis de colegas que defenderam a última proposta tentarem culpar quem votou “não” pela situação de direção fiscal da ANS. Votamos não porque a proposta previa a quebra da solidariedade, o aumento da contribuição dos associados, ao mesmo tempo que mantinha dos valores já praticados pelo patrocinador e aumentava o poder de gestão do Banco. Nós reafirmamos que o responsável direto pela ação da ANS é o Banco do Brasil com sua política de arrocho salarial, retirada de direitos (anuênios, interstícios de 12 e 16%), descomissionamentos, fins de postos de trabalho, reestruturações permanentes, agravamento nas condições de trabalho acarretando maior nível de adoecimento entre os colegas do BB nas últimas décadas. Ações que impactam diretamente a nossa Caixa de Assistência.

5- O regime de direção fiscal comprova que o aumento da coparticipação aprovado pela “turma do Satoru” além de prejudicar os funcionários, não resolve a situação da Cassi, apenas comprovando como, na prática, essa turma apenas representa os interesses patronais na gestão da Cassi.

6- Cabe ressaltar que não há garantia nenhuma de que a ANS irá “sanear” a Cassi. A ANS é uma agência reguladora, que tem seus membros indicados pelo Governo Federal. Não confiamos nesse órgão. A mediação dessa agência pode buscar impor padrões “de mercado” na ANS e entendemos que isso não atende aos usuários da Cassi.

7- Não existe intervenção na Cassi, existe uma direção fiscal. Ao invés de espalhar o terror entre os trabalhadores, como alguns setores têm feito, devemos urgentemente mobilizar os funcionários para que o BB negocie a situação da Cassi e fazemos um chamado a que todos as entidades representativas dos associados convoque um Encontro Nacional de Saúde para discutirmos propostas e organizamos nossa luta em defesa de nossa Caixa de Assistência.

 

Fonte: Vem pra Luta, a Cassi é nossa.

Veja Mais!

BB: sindicatos pedem instalação de grupo de trabalho sobre demandas de incorporados

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu na última …