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Auditoria do BNDES que não deu em nada custou R$ 6 milhões por página

Uma auditoria de seis páginas no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que não apontou evidência alguma de corrupção gastou R$ 48 milhões – R$ 6 milhões por página. Capitaneada por Jair Bolsonaro, a campanha sobre supostas irregularidades no banco tinha como objetivo atingir os governos do PT – Lula e Dilma.

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sérgio Moro.

“Tentaram incriminar Lula, Dilma, lideranças do PT e gestores do banco! Quem paga por isso? Como reaver a reputação das pessoas? Era uma ação política de acusações orquestradas! Vcs tem de responder por isso. E agora Bolsonaro? E agora Lava Jato, Moro?”, escreveu a parlamentar no Twitter.

De acordo com o líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), “há mais de 10 anos circulam mentiras sobre o BNDES envolvendo Lula e Dilma”. “Agora uma auditoria externa confirma o que sempre dissemos: NUNCA houve caixa preta e NUNCA o BNDES foi tão lucrativo quanto nos governos do PT. Mas a essa altura a mentira deu 5 voltas ao redor do mundo”, afirmou.

Segundo relato do jornal O Estado de S.Paulo, o banco informou que, durante as investigações foram revisados mais de 400 mil documentos, coletados mais de 3 milhões de dados eletrônicos de funcionários.

Foram entrevistados funcionários, ex-funcionários, executivos e ex-executivos do BNDES envolvidos nas operações. Também analisados relatórios da PF, denúncias do MPF, termos de colaboração premiada, materiais de investigações internas do BNDES, além de documentos de sindicâncias internas, relatórios de CPIs, entre outras informações disponíveis.

 

 

Em outubro do ano passado, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investigou irregularidades no banco e sugeriu o indiciamento de 54 pessoas, entre elas o ex-presidente do banco Luciano Coutinho e os empresários Joesley e Wesley Batista, do grupo J&F.

O contraste entre os resultados da CPI e a auditoria interna da instituição levantaram questionamentos entre parlamentares. “Eu não confio nessa conclusão (da auditoria), não tenho nenhuma razão para acreditar. Não posso acusar ninguém, mas eu tenho de considerar a possibilidade de o espírito de corpo no BNDES estar prevalecendo”, afirmou o deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), um dos integrantes da CPI.

Parlamentares do PT, por sua vez, citaram a auditoria para defender os governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. “Tentaram incriminar Lula, Dilma, lideranças do PT e gestores do banco! Quem paga por isso? Como reaver a reputação das pessoas? Era uma ação política de acusações orquestradas”, comentou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, nas redes sociais.

Na CPI da Câmara, os nomes de Lula e Dilma foram excluídos do texto após uma articulação entre o PT e os partidos do Centrão com o relator da comissão, Altineu Côrtes (PL-SP). “Há mais de dez anos circulam mentiras sobre o BNDES envolvendo Lula e Dilma. Agora uma auditoria externa confirma o que sempre dissemos: nunca houve “caixa-preta” e nunca o BNDES foi tão lucrativo quanto nos governos do PT”, escreveu ontem o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS).

O BNDES enviou nota ao Estado informando que “esclarecimentos adicionais sobre a relação entre o BNDES e a JBS foram divulgados e podem ser encontrados no portal BNDES Aberto, de forma clara e simples”.

Ainda segundo a nota, “o BNDES está em constante trabalho para a elevação dos seus padrões de transparência, diálogo com a sociedade e prestação de contas. O BNDES Aberto é um movimento institucional que está no centro de sua estratégia de longo prazo”.

De acordo com o banco, durante as investigações foram revisados mais de 400 mil documentos, coletados mais de 3 milhões de dados eletrônicos de funcionários, foram entrevistados funcionários, ex-funcionários, executivos e ex-executivos do BNDES envolvidos nas operações e ainda foram analisados termos de colaboração premiada, depoimentos, relatórios da PF, denúncias do MPF, materiais de investigações internas do BNDES, documentos de sindicâncias internas, relatórios de CPIs, entre outras informações disponíveis.

 

Fonte: Brasil 247

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