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Avança a demolição do Banco do Brasil

Na última sexta-feira (05), o Banco do Brasil surpreendeu os funcionários ao divulgar, no sistema interno, o Programa de Adequação de Quadros (PAQ). O projeto é, claramente, parte da política de desmonte do banco, que vem sendo ampliada desde o início do governo Temer.
Sob o pretexto de “regularizar as vagas das unidades com funcionários excedentes”, o BB anunciou que vai promover remoções compulsórias. Contudo, a realidade de grande parte das agências é justamente o contrário: faltam trabalhadores para atender a demanda da população. Neste contexto, os bancários serão mais uma vez penalizados com descomissionamento e aumento da carga de trabalho.
Avançando com o projeto de precarização do serviço, o Banco do Brasil também criou três modalidades de desligamento voluntário e incentivado: demissão a pedido para receber complemento de aposentadoria da Previ, demissão a pedido para aposentadoria no INSS e desligamento consensual. Este último já aplica a nova regra da reforma trabalhista, com pagamento de metade do aviso prévio, se indenizado, e metade da indenização sobre o saldo do FGTS.
“O banco, de forma unilateral e sem debater com os representantes da categoria, continua promovendo sua nociva reestruturação com redução no quadro, incentivo às demissões e transferências compulsórias. Com a falsa promessa de expansão do encarteiramento, a quantidade de vagas que o banco informa para ascensão sequer redimensiona os funcionários que foram afetados com o último plano de fechamento de agências. Isso demonstra que o desmonte da instituição vem sendo intensificado e que os bancários precisam estar unidos nesse momento”, afirma Larissa Couto, funcionária do BB e vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região.

Programa de Desempenho Gratificado
O Banco do Brasil também anunciou, na quarta-feira (03), a ampliação do público do Programa de Desempenho Gratificado (PDG), que é o programa de remuneração variável com premiação dos funcionários pelo cumprimento de metas. Contudo, o PDG e sua ampliação não são um bom negócio para os funcionários.
O PDG não é igualitário e não premiará todos os funcionários. Enquanto superintendentes e gerentes nacionais de Cobrança e Restruturação de Ativos Operacionais receberão integralmente, entre os escriturários, caixas, assistentes e gerência média, apenas 10% vão receber o valor completo, os 10% abaixo vão receber 0,5% e os próximos 10% irão receber 0,25%. Isso significa que 70% do funcionalismo do BB não vai receber nada. O baixo número de premiados tende a aumentar a pressão pelo cumprimento de metas, além de estimular uma competição agressiva na empresa.
O pagamento não será considerado salário e deve ser creditado, já com o desconto do Imposto de Renda, através de um cartão de bandeira Alelo, não acarretando nenhum reflexo sobre direitos, como FGTS e INSS. A medida também enfraquece a CASSI e a PREVI, pois não será feito o recolhimento da contribuição.
“Desde o governo FHC existe uma política de não priorizar a questão salarial no BB, por isso chegamos a ter mais de 70% do funcionalismo com comissões. O problema é que, com as restruturações, os cargos comissionados começaram a desaparecer. O que nós precisamos é de salários melhores, pois estes não nos deixam reféns do banco, dos seus resultados e da situação econômica do país, além de refletir positivamente na aposentadoria e outros direitos”, conclui Larissa.

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