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Bancários da Bahia e Sergipe debatem emprego, tecnologia e bancos públicos

Dando continuidade à programação, na tarde de sábado (1/6), a 21ª Conferência Interestadual abordou campanha nacional, emprego, defesa dos bancos públicos e o impacto da tecnologia no setor. Foi apresentado também o resultado parcial da consulta feita com a categoria.

Na exposição sobre campanha e emprego, o presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, ressaltou a importância de manter a mobilização, mesmo com a Convenção Coletiva de Trabalho válida até o próximo ano. “A partir do momento que a CCT garante o reajuste salarial, decidimos lutar na campanha por outras questões, como emprego, bancos públicos, melhores condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades, por exemplo.”

A luta se justifica pela redução do número de número de bancários nos últimos anos, passando de 732 mil para 468 mil trabalhadores, entre 1990 e 2017. Diante dos números, da ofensiva do governo e do sistema financeiro, o presidente da Feebbase convoca a categoria a acumular forças para enfrentar todos estes desafios. “É um clima de incerteza e insegurança também em relação às nossas conquistas, direitos e empregos. Por isso, precisamos nos mobilizar, conversar com todos os colegas, explicar o que está acontecendo e mostrar a importância da luta constante no setor”, concluiu.

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Bancos públicos

Em seguida, o secretário geral da Federação, Emanoel Souza, falou sobre os prejuízos que o Brasil teria com a privatização dos bancos públicos. Lembrou que na crise de 2008, as empresas tiveram fundamentais iniciativas, como a redução do spread bancário e isso permitiu irrigar o mercado com o crédito e fez com que a economia girasse.

Para ele, os bancos públicos têm responsabilidade social, aplicam políticas públicas e são necessários por terem um papel de desenvolvimento. Por isso, a defesa das instituições é imprescindível. “Privatizá-los seria abrir mão de um projeto de soberania como nação”, alerta.

Emanoel destaca o que precisa ser feito para ampliar a mobilização contra a privatização dos bancos públicos. “Para ir além, temos de criar no bancário uma sensação de pertencimento, sobretudo, os mais jovens. Também necessitamos de uma frente ampla com envolvimento de diversos atores da sociedade”.

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Impactos da tecnologia

Coube ao presidente do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos, falar sobre os impactos da tecnologia na categoria bancária. Ele começou sua exposição lembrando da intensificação do uso das máquinas para a realização das transações bancárias nos últimos anos.

Augusto Vasconcelos explicou que a 4ª Revolução Industrial tem ligação direta com a robótica, a inteligência artificial e o domínio da coisa se comunicando com outra coisa, a exemplo da BIA, a assistente artificial do Bradesco.

“É importante notar e instrumentalizar a opinião dos trabalhadores sobre o tema. Não podemos cair no fetichismo da tecnologia. As formas de organização do trabalho estão passando por uma profunda transformação. Houve a intensificação do processo de exploração. Uma espécie de uberização do mundo do trabalho”, afirmou.

Para o presidente do SBBA, é preciso pensar no futuro da atividade bancária e de que forma a categoria vai se mobilizar diante dos avanços tecnológicos.

Fonte: FEEB/BaSe com textos do Sindicato dos Bancários  da Bahia.

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