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Bancos fecham 6.379 postos de trabalho entre janeiro e outubro

O ano ainda nem terminou, mas o balanço da redução dos postos de trabalho já é alarmante. Foi divulgado, na última semana, um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), baseado nos dados registrados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), revelando que os bancos fecharam 6.379 postos entre janeiro e outubro de 2019.

De acordo com dados divulgados na imprensa, de 2013 para cá os bancos já acumulam saldo negativo de 66.985 vagas. Em 2019, assim como nos últimos anos, a política dos planos de desligamentos voluntários tem gerado um déficit no número de postos de trabalho, uma vez que eles não são repostos por novos funcionários e os bancários que permanecem nas instituições acabam sobrecarregados para dar conta de toda a demanda excedente. Este ano, foram registradas 29.610 admissões e 35.989 desligamentos, ou seja, a conta não fecha e quem paga o preço é a categoria.

Na base do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região, até o momento do fechamento desta edição foram contabilizadas 48 demissões somente neste ano. O Bradesco lidera o ranking com 20 demissões nos últimos 11 meses.

A partir da faixa etária dos 30 anos o saldo de empregos foi negativo no país. A situação se agrava ainda mais a partir dos 50 anos, onde 9.799 funcionários foram desligados. O saldo positivo só ocorreu na faixa dos 18 aos 29 anos.

Ainda de acordo com o levantamento do Dieese, 13.575 mulheres foram admitidas nos bancos entre janeiro e setembro de 2019, mas, a desigualdade de gênero ainda prevalece. Os dados apontam que elas recebem 75,9% da remuneração média recebida pelos 16.035 homens contratados no mesmo período.

Para a diretora de Assuntos Jurídicos do SEEB/VCR, Sarah Sodré, o alto índice de demissões revela também a falta de preocupação dos bancos com a qualidade dos serviços prestados. “Além de sobrecarregar os que permanecem nas agências, isso gera um clima de insegurança e instabilidade constante que, entre outros fatores, acarreta o adoecimento da categoria. Nada justifica essa postura, haja vista o alto índice de lucratividade das instituições financeiras. Os bancários devem estar atentos ao cumprimento dos normativos dos bancos e buscar a orientação do Sindicato sempre que tiver seus direitos ameaçados”, destaca.

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