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Bradesco atenta contra o direito de ser mãe

Em pleno século XXI, apesar de todas as lutas e conquistas realizadas, as mulheres ainda estão tendo os seus direitos descumpridos. Em trabalho de base realizado pelos diretores do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região, foi constatado que funcionárias do Banco Bradesco, que entraram com licença-maternidade não estão gozando do seu direito constitucional de 180 dias, retornando ao trabalho com apenas 120 dias, devido à pressão e/ou ameaças do banco em realizar transferências ou substituição de cargos.

Segundo a Lei 11.770, as mulheres têm direito a licença-maternidade por 120 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 60 dias, totalizando 180 dias.

Relatos contados à diretoria, apontaram que isso tem acontecido com maior frequência em cargos de confiança.

Um dos problemas que recai sob as mães e os bebês é a questão da amamentação. Ao retornar ao trabalho, as mães precisam abdicar da amamentação. Mas a própria OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda que as mães, a nível global, amamentem exclusivamente os bebés durante os primeiros seis meses de vida, com vista a conseguirem um crescimento, desenvolvimento e saúde ideais.

Ao interromper a amamentação aos 120 dias (4 meses), os bebês perdem parte da imunidade, gerando um maior risco a infecções virais, alergias, colesterol alto, hipertensão, diarreia, obesidade, entre outros.

Para a diretora de Assuntos de Saúde e Qualidade de Vida do Trabalhador, Giovania Souto, esse comportamento do banco é inaceitável. “Eles estão querendo burlar uma lei. Mais do que isso, eles querem burlar toda uma conquista feminina, de direito ao trabalho. Eles estão menosprezando toda uma luta para a conquista de espaço na sociedade.” E acrescenta “ao tomar esse tipo de atitude, eles estão querendo dizer que não podemos ter filhos. Se quisermos ter filhos, não podemos trabalhar e nem construir carreira. Nossa categoria é tão massacrada, nós lutamos tanto por nosso espaço, pelo direito de igualdade. Uma luta tão árdua que não podemos permitir que reduzam nossos direitos”, conclui.

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