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Concentração de poder

Por Alex Leite, diretor de Imprensa e Comunicação.

O relatório da organização internacional Oxfam, que busca soluções para a desigualdade, a pobreza e as injustiças, publicado no dia 19 deste mês, aponta que 2.153 bilionários possuem uma riqueza maior que 4,6 bilhões de pessoas. Um dado que demostra que a concentração de renda é proveniente do avanço das políticas neoliberais, implementadas na maioria dos países nas últimas décadas.

Ficando em segundo lugar, atrás apenas do Catar na acumulação de riqueza, o Brasil está muito perto de atingir o topo dessa pirâmide. Com as medidas de privatizações, da reforma da Previdência, da retirada de direitos trabalhistas, da saída do Estado das áreas essenciais dos serviços que deveriam ser prestados à população (seguindo o exemplo do Chile, terceiro lugar em concentração de renda), o governo Bolsonaro com o seu ministro Paulo Guedes, como já revela um estudo feito pelo Dieese, deverá aumentar ainda mais a fortuna dos mais ricos.

O resultado deste modelo que privilegia o lucro para o benefício de poucos é o aumento da pobreza e da miserabilidade de populações em números jamais vistos. Para fugir da morte, milhões de pessoas se aventuram por terra, pelo mar e criam um fluxo de imigrantes só visto durante as grandes guerras mundiais ou no período intenso de tráfico de escravos forçados a sair das suas terras.

Pelo dinheiro fácil, os mais ricos têm provocado tragédias ambientais, esgotando a capacidade da terra de continuar sustentando tanta exploração descontrolada.
O prejuízo das políticas escolhidas pela grande maioria dos países pode ser visto em todas as faces, demonstrando claramente que a concentração de poder nas mãos de poucos destrói as democracias, o planeta e a capacidade da humanidade de sobreviver com dignidade.

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