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De olho no presente

Enquanto a disputa eleitoral ganha espaço nas mídias nacionais e a discussão sobre as candidaturas atraem a atenção da maioria da população, os processos de entrega de tudo que é público para a iniciativa privada avançam. Sem nenhuma perspectiva de continuar atuando politicamente, o governo Temer aproveita o pouco tempo que resta para intensificar desmonte das empresas públicas, preparando a venda destas instituições com a redução dos investimentos e dos direitos dos trabalhadores.

Na Caixa Econômica Federal, o Conselho Administrativo deve votar nesta quita feira (20), uma mudança no estatuto para permitir que diretorias da área de controle (Jurídica, Auditoria e Corregedoria) sejam ocupadas por servidores federais de áreas afins. Há quase 30 anos esses cargos só podem ser preenchidos por funcionários concursados do banco. O objetivo é aparelhar a Caixa com indicações político-partidárias que não interfiram nas propostas de abertura de capital.

Já no Banco do Brasil, um dos principais objetivos das alterações estatutárias é reduzir a despesa com os atuais aposentados e não custear o plano de saúde para quem se aposentar doravante, como já acontece com os funcionários oriundos do BESC e Nossa Caixa. A diretoria do BB, também assumiu que vai implantar o Voto de Minerva na diretoria a favor do seu preposto, para aprovar matérias do seu interesse. Diante de tantos abusos não resta outra opção aos funcionários deste banco em votar o NÃO para impedir o banco de controlar a Cassi e reduzir os compromissos com o plano de saúde dos seus funcionários.

Apesar do foco da maioria dos trabalhadores se concentrar nas necessidades diárias de sobrevivência e nas propostas dos candidatos aos cargos públicos das próximas eleições, não podemos descuidar das decisões que estão sendo tomadas no presente e que poderão afetar drasticamente o futuro de muitos trabalhadores.

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