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Desafios do Brasil em debate na 20ª Conferência

Os desafios políticos e econômicos brasileiros na contemporaneidade foi o tema da primeira mesa de debate da 20ª Conferência dos Bancários da Bahia e Sergipe, que esta sendo realizada em Salvador, neste sábado e domingo. Os palestrantes foram o reitor da Universidade Federal da Bahia, João Salles, e o presidente do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos.

Em sua exposição, o reitor da UFBA apontou como os três principais desafios do momento: a defesa de um projeto de país que faça a opção estratégica pelo investimento no ensino público de qualidade; associar a luta pela transformação da sociedade com a luta pelos direitos das mulheres, da população negra e de outras minorias, além da luta pela manutenção e aprofundamento da democracia no Brasil, que é essencial para que os dois primeiros desafios sejam conquistados.

Para Joao Sales, o país passar por um desabastecimento do ensino superior. Uma inversão de prioridade, com grande privilégio para o setor privado. Hoje, 75% das vagas no ensino universitário estão na rede privada, apesar de mais de 80% da produção acadêmica no Brasil ocorrerem nas universidades públicas. “O atual governo aposta em um modelo de educação que não produz conhecimento, ciência, cidadania, inclusão, requisitos indispensáveis para a independência e soberania do Brasil”.

Virando o jogo

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A importância da democratização do acesso à universidade também foi ressaltado pelo presidente do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos, citando como exemplo a mudança de perfil dos alunos da UFBA após a adoção da política de cotas e de políticas para manutenção de estudantes pobres na universidade, o que vem sendo desmontado pelo governo golpista de Michel Temer.

Augusto falou também do papel do sistema financeiro na situação atual do Brasil. Para ele, o golpe de 2016 não foi apenas um golpe das elites brasileiras, mas tem a digital da elite financeira internacional, que tenta implementar a agenda do mercado em todo o mundo.” É essa pequena elite que está tentando definir a agenda econômica e ações politicas deste governo golpista, que hoje está cortando direitos dos trabalhadores e programas sociais para garantir os lucros do sistema financeiro”.

“Os bancários não podem fazer de conta que não e com ele, pois também tem os seus direitos ameaçados pelo golpe. O sindicato também não pode se furtar de participar desta luta. O papel do sindicato não é apenas tratar de condições de trabalho e melhores salários. Nosso papel é aumentar o nível de consciência da sociedade sobre esse processo”, enfatizou.

Para Augusto, a saída e unidade dos trabalhadores para mudar a situação, tendo como base três pontos essenciais. “Temos que fazer a luta das ideias, colocar os povos nas ruas e também ganhar jogo eleitoral com a eleição de um presidente e parlamentares comprometidos com os interesses da classe trabalhadora. Só assim poderemos virar o jogo “ concluiu.

 

Fonte: FEEBASE

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