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Dois de Julho: celebrar a luta e construir a resistência

As comemorações da Independência da Bahia completam, neste dia 02 de julho, 196 anos e o povo baiano celebra uma história de luta e resistência.

A data é relembrada anualmente com um cortejo que se inicia na cidade de Cachoeira, no Recôncavo, e finaliza no Pelourinho, em Salvador. Essas comemorações, onde movimentos sociais e população até hoje erguem as bandeiras de lutas, busca lembrar a força e resistência do povo baiano.

Mesmo com a independência do Brasil, em 1822, não houve desligamento total do governo de Portugal e muitas províncias ainda eram dominadas no país. A Bahia era uma delas, e somente em 1823, com muita luta, os baianos comemoraram a liberdade.

É importante destacar que, apesar da Marinha e o Exército do Brasil apoiarem a resistência na Bahia, foram os cidadãos, principalmente o povo negro e indígena, que tiveram papel fundamental no período. As mulheres também tiveram sua importância na luta, como Maria Quitéria, que se alistou no Exército, se vestindo de homem, para combater as tropas portuguesas e Joana Angélica, uma freira importante na resistência durante a invasão de um convento, onde estavam vários soldados brasileiros.

Maria Felipa, também foi uma lutadora que precisa ser lembrada pelo povo baiano. Negra, pobre e marisqueira, liderou mulheres e homens para a derrubada do exército português na Ilha de Itaparica. No dia 02 de Julho devemos reivindicar a memória dessas e de tantos outros lutadores que nos fazem lembrar que toda conquista é fruto de luta e que a vitória é possível. “O processo de Independência da Bahia deu-se por meio de força e luta de homens e mulheres que, juntamente com as forças armadas, não concordavam com a presença e domínio de Portugal, que perdurava mesmo após a Proclamação da Independência. A comemoração do 2 de Julho reforça a importância da participação ativa da população para a mudança e melhoria de condições da nossa sociedade, mostrando que é possível, em conjunto, combater situações de imposições e arbitrariedades tais quais vivemos no cenário atual. A resistência é o caminho para que a geração atual e futura tenha acesso à educação e Seguridade Social garantidas pela Constituição”, destaca Sarah Sodré, diretora do SEEB/VCR.

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