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Fábio Vilas-Boas e a misoginia que lutamos para combater

No último final de semana, Fábio Vilas-Boas, secretário de saúde da Bahia, atacou verbalmente a chef e empresária Angeluci Figueiredo, do restaurante Preta. Na terça-feira (3), um dia após a divulgação das ofensas do secretário pediu exoneração o cargo.

A violência cometida por Fábio foi registrada por meio de mensagens encaminhadas via whatsapp após a empresária informar que a reserva que ele havia feito precisou ser cancelada devido ao tempo ruim na região, onde está localizado o restaurante.

O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região se solidariza com Angeluci Figueiredo e repudia a postura do ex-secretário de saúde. “Estamos atravessando um período realmente muito difícil, mas não abrimos mão das conquistas que alcançamos. Nós, mulheres estamos constantemente combatendo o machismo em todos os lugares que frequentamos, porque infelizmente ele ainda está presente. Por isso, não podemos aceitar que uma pessoa que ocupa o cargo público não tenha nenhum constrangimento em assumir uma postura misógina”, denuncia Risete Góis, diretora de Gênero do SEEB/VCR.

O governo do Estado até hoje, dia 6, não se pronunciou. A exoneração de Fábio da secretaria só ocorreu após movimentos, coletivos e entidades se posicionarem contra a violência cometida por ele.

 

Em nota a União Brasileira de Mulheres apontou a gravidade da situação:

Viemos mostrar nosso repúdio a agressão vivenciada pela Chef Angélica Figueredo pelo Secretário de Saúde Fábio Vilas-Boas do Governo do Estado da Bahia que ao ter sua reserva cancelada no restaurante da empresária devido às condições climáticas da Baía de Todos os Santos disparou palavras machistas de a Chef Angélica, desqualificando quanto trabalhadora e quanto mulher.

Milhares de mulheres são agredidas todos os dias, violentadas em seu ambiente de trabalho, na rua, em casa e compreendemos que o papel de um gestor público é de buscar ações e políticas públicas que garantam a transformação social com base na justiça, igualdade.

Reconhecimento do erro é fundamental, mas não resolve uma ação de violência moral e psicológica, fruto do machismo, racismo e da divisão de classe histórica no nosso país.

Precisamos de ações, precisamos de políticas públicas que garantam a vida e os direitos das mulheres.

Precisamos Fábio Vilas-Boas de políticas públicas de saúde para nossas mulheres e meninas em cada canto dessa Bahia.

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