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Gestão do BNB aposta mais uma vez na demissão de funcionários

Categoria bancária e clientes sofrerão com os impactos dessa política de precarização

No último dia 23, o Banco do Nordeste iniciou o Programa de Incentivo ao Desligamento (PID) para este ano de 2020. A gestão do banco coloca em prática mais uma vez a política de redução de quadro de funcionários mesmo com o cenário da pandemia. No ano passado, 268 empregadas e empregados foram desligados.

Após os sucessivos programas de incentivo realizados nos últimos anos, de agosto de 2016 a agosto deste ano, foram desligadas (os) 421 funcionárias(os). Enquanto o último concurso realizado em 2018 convocou apenas 112 pessoas. Na base do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região o BNB diminuiu em 7% o número de trabalhadoras e trabalhadores nas agências.

Esse projeto, que tem como plano de fundo aumentar a carga de trabalho para os que continuam na ativa, compromete o serviço prestado aos clientes. A partir das informações do portal da transparência do Banco foi possível verificar que foram contratadas(os) 451 trabalhadoras(es) terceirizadas(os) nos últimos três anos. Isso revela que o banco tem demitido para contratar pagando menos e sem garantir nenhum direito da categoria.

Com a pandemia da Covid-19 e a reorganização econômica mundial, os bancos públicos têm sido ferramentas fundamentais para garantir condições mínimas de vida para a parcela mais pobre da população. A Caixa Econômica Federal tem cumprido um papel essencial para o pagamento do auxílio emergencial. Já o Banco do Nordeste, o maior banco de desenvolvimento regional da América Latina, a partir de sua função cumpre um papel importante para a agricultura familiar e setor industrial.

Quando o banco demite e não promove contratações para reposição das mesmas vagas, as atribuições do banco público ficam comprometidas e quem sofre é a população. Além disso, o aumento da sobrecarga de trabalho para a categoria amplia os índices de adoecimento mental e físico. “O sucateamento dos bancos públicos tem sido parte do projeto do governo Bolsonaro para entregar o que resta de patrimônio nacional e ainda tem valor no mercado para o setor privado. As empresas estão sendo fatiadas e o serviço público precarizado, como já está sendo feito nos Correios, Eletrobras e todas as estatais que o governo pretende privatizar até o final do mandato. Os prejuízos para o povo brasileiro são incalculáveis. É preciso resistir a mais este ataque”, avalia Alex Leite, diretor de Comunicação do SEEB/VCR.

O calendário e critérios para o PID deste ano já foram apresentados. O prazo para manifestação de interesse foi iniciado no dia 23 de setembro e segue até amanhã, dia 2. Poderão participar as/os empregadas e empregados que tiveram o contrato de trabalho iniciado antes do dia 1º de janeiro de 2000 e já estão aposentados, recebendo o benefício desde o dia 12 de novembro de 2019. Também é necessário ter menos de 75 anos até o dia 31 de dezembro deste ano. “As bancárias e bancários interessados no programa podem esclarecer dúvidas sobre a adesão com os diretores e departamento jurídico do Sindicato”, destaca Alex.

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