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Moradia é a área mais atingida com cortes de recursos

Cerca de 90% dos investimentos foram contingenciados de janeiro a junho, segundo levantamento do Inesc

Em apenas seis meses, o governo federal reduziu em R$ 212 milhões os investimentos habitacionais. O contingenciamento levou mais de 90% do orçamento da área autorizado para o ano. Os dados são do levantamento feito pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e publicados pelo site Congresso em Foco.

Na prática, a medida significou o sumiço do Minha Casa Minha Vida. O programa é um importante instrumento no atendimento à demanda social por moradia digna e tem participação direta da Caixa Econômica Federal. Em 10 anos, foram entregues mais de quatro milhões de unidades habitacionais, R$ 105 milhões em investimento e cinco milhões de famílias beneficiadas. A cadeia social do Minha Casa Minha Vida inclui ainda a geração de 1,2 milhões de empregos e R$ 163 bilhões voltaram para o governo federal em forma de tributos arrecadados.

Os números confirmam a relevância do programa como forma de desenvolvimento social do país. “O Minha Casa Minha Vida é de fundamental importância para a economia nacional, por sua alta capacidade de gerar emprego, renda e tributos. Por isso, lutamos pelo seu fortalecimento”, avaliou o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Jair Pedro Ferreira.

A Caixa é líder em financiamento habitacional. Aproximadamente de cada 10 imóveis financiados no país sete utilizam o banco como meio de financiamento habitacional. A instituição é responsável por 90% da habitação popular. São mais de 17 milhões de unidades habitacionais financiadas desde 1964. Em dezembro de 2018, a carteira de crédito habitacional da instituição alcançou R$ 444,7 bilhões, dos quais R$ 265,2 bilhões com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e R$ 179,4 bilhões do Caixa/SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).

“Nós não temos que entrar nessa ciranda financeira. A população é a dona da Caixa, então eu não preciso proteger o capital, preciso proteger a população. É muito mais correto proteger o cidadão que fez um esforço para financiar seu imóvel”, destacou o presidente da Fenae.

 

Fonte: Fenae/Congresso em Foco e Inesc

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