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O engodo verde-amarelo

Por Alex Leite, diretor de Imprensa e Comunicação.

Enquanto protestos populares têm colocado em xeque as políticas tanto da direita (como acontece no Chile), como daqueles que se dizem de esquerda (como acontece na Bolívia), no Brasil, o presidente Bolsonaro e seus aliados continuam a saga da retirada de direitos dos trabalhadores e a entrega do patrimônio nacional para o capital privado.

Além da privatização da Eletrobras, de partes do Banco do Brasil e da CEF, o governo lança mais um programa para facilitar a vida dos empresários e prejudicar ainda mais a classe trabalhadora. A contratação de jovens através da carteira de trabalho verde e amarela colocará no mercado de trabalho os primeiros subempregados contratados oficialmente, com valores menores no salário, no FGTS e nas verbas rescisórias no ato da demissão.

O discurso da geração de empregos é o mesmo que foi usado para convencer os brasileiros que o trabalho intermitente, o aumento da jornada de trabalho, a extinção das horas-extras no final de semana (previstos na reforma trabalhista), e o fim das aposentadorias (com a reforma da Previdência), iriam criar milhões de oportunidades de emprego. O que se vê é apenas a precarização das condições de trabalho, a redução do emprego e da renda.

Somente os números do desemprego e das pessoas subempregadas, que atingem percentuais altíssimos, são suficientes para que uma mobilização parecida com a que acontece em outros países se inicie por aqui.

São desafios que a diretoria eleita para estar à frente do SEEB/VCR nos próximos três anos terá de enfrentar. A mobilização e organização da classe trabalhadora serão os elementos essenciais na luta pela manutenção dos direitos da categoria, pelo respeito à democracia e à Constituição brasileira, que prevê que todo cidadão deve ter direitos e deveres iguais e que as regras estão acima de todos.

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