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O que vem depois

A assinatura do acordo coletivo da categoria, praticamente com as mesmas cláusulas do acordo realizado em 2016, parece ter favorecido bancárias e bancários que estavam com seus direitos ameaçados pela nova legislação trabalhista e diante do terrorismo realizado por banqueiros e governo, sinalizando iniciar imediatamente as mudanças dentro dos bancos.

A aprovação irrestrita da terceirização, selada pela Suprema Corte do país, demonstra a total submissão ao capital internacional e nacional, desqualificando os trabalhadores e utilizando o mesmo discurso das elites empresarias – da necessidade de precarizar ainda mais as relações de trabalho e reduzir a interferência no modelo econômico para gerar empregos. Este é o mesmo discurso utilizado na aprovação da reforma trabalhista em 2017, que aumentou o desemprego e colocou milhões de trabalhadores na informalidade na busca pela sobrevivência.

Sem contar com nenhuma regra específica que impeça os banqueiros de implementar a terceirização no setor bancário, protegendo os funcionários dos planos de reestruturação, das demissões imotivadas e da obrigação dos novos contratados terem os mesmos direitos dos empregados atuais, a categoria bancária deve se preparar para as batalhas que estão por vir.

O conluio entre as instâncias superiores do Judiciário e o patronato parece cada dia mais afinado no objetivo de conceder aos empresários, já beneficiados pelas reformas aprovadas até agora e outras que com certeza entrarão na pauta, a depender do projeto de governo que seja escolhido pelos brasileiros para os próximos quatro anos. A necessidade de fortalecer a organização dos trabalhadores como protagonistas do seu futuro será fundamental para a sobrevivência dos bancários como categoria de trabalhadores.

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