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Os 22 homens mais ricos do mundo têm mais dinheiro que todas as mulheres na África

Um novo relatório da Oxfam, organização que reúne 19 entidades filantrópicas na luta contra pobreza, revelou uma série de estatísticas sobre como a desigualdade cresce no mundo e afeta, em especial, mulheres. Batizado de Tempo de Cuidar — O trabalho de cuidado mal remunerado e não pago e a crise global da desigualdade, o estudo foi lançado nesse domingo (19), às vésperas do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

O presidente Jair Bolsonaro foi citado como um dos governantes cujas políticas estão ajudando a ampliar a desigualdade.

Entre os dados levantados, está que os 2.153 bilionários do mundo são mais ricos que 60% da população. E apenas os 22 mais ricos desta lista já detém mais riqueza que todas as mulheres da África, que totalizam cerca de 670 milhões de pessoas.

“Mulheres na pobreza e de grupos marginalizados são exploradas por um sistema que coloca riqueza e poder nas mãos de poucos indivíduos super-ricos, a maioria dos quais são homens,” diz o relatório.

O estudo também revelou que o 1% mais rico da população mundial tem mais que o dobro da riqueza de 6,9 bilhões de pessoas. Quer uma imagem para entender o quão ricos são os super-ricos? Se todas as pessoas juntassem sua riqueza em notas de US$ 100 e sentassem nessa pilha, os dois mais ricos estariam no espaço.

Confira abaixo algumas das descobertas mais impressionantes do estudo:

Mulheres trabalham, mas não recebem

A Oxfam mostra que o trabalho feminino, em grande parte, não é recompensado. Em comunidades rurais de países de baixa renda, por exemplo, mulheres trabalham até 14 horas por dia sem receberem. Nas mesmas regiões, os homens que nessas condições trabalham cinco vezes menos horas.

Com isso, pessoas do sexo feminino, incluindo menores de idade, somam 12,5 bilhões de horas não-remuneradas por dia em todo o mundo. A maior parte deste tempo é ocupada com serviços essenciais como limpeza, cozinha, e cuidados com crianças e idosos.

Trabalho em casa tira oportunidades para mulheres

O custo do trabalho não-remunerado representa, segundo o estudo, US$ 10,8 trilhões por ano. Segundo a Oxfam, isso é três vezes mais que todo o setor de tecnologia do mundo. Por conta do fardo de prestar cuidados para outras pessoas, normalmente um marido que tem emprego remunerado, 42% das mulheres em idade  ativa não conseguem manter um trabalho remunerado, comparado a 6% dos homens.

Passos para resolver a desigualdade

A organização também listou passos para fechar esse abismo entre ricos e pobres. Entre as medidas propostas, está taxar 0,5% da riqueza do 1% mais rico nos próximos 10 anos. Segundo os cálculos da Oxfam, isso permitiria investir o suficiente para criar mais de 117 milhões de empregos nos setores de educação e saúde. O entrave, no entanto, são as políticas atuais de líderes como Bolsonaro.

“Líderes autoritários como o presidente Trump nos Estados Unidos, e o presidente Bolsonaro no Brasil, são exemplos desta tendência,” disse a Oxfam. “Eles criam políticas de redução de impostos para bilionários, impedem medidas para lidar com as emergências climáticas e incitam racismo, sexismo e ódio à minorias.”

 

Fonte: Época Negócios.

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