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Os ministros do presidente Jair Bolsonaro

O presidente eleito Jair Bolsonaro(PSL) já definiu 22 ministros integrantes do futuro governo:

Os ministros de Bolsonaro — Foto: Arte/G1Os ministros de Bolsonaro — Foto: Arte/G1

Os ministros de Bolsonaro — Foto: Arte/G1

Onyx Lorenzoni (Casa Civil)

O médico veterinário de 64 anos terá um dos principais postos da Esplanada dos Ministérios. Ele está no 4º mandato consecutivo como deputado federal e foi reeleito com 183.518 votos.

Em 2016, Onyx foi relator na Câmara do pacote de medidas de combate à corrupção e fez mudanças no texto apresentado no plenário, descumprindo acordo com os demais parlamentares, o que gerou diversas críticas a ele.

No ano passado, admitiu ter recebido R$ 100 mil em caixa 2 da empresa JBS para pagar dívidas de campanha de 2014. O deputado alegou que, na ocasião, não tinha como declarar o valor na Justiça Eleitoral.

Paulo Guedes (Economia)

O economista de 69 anos vai assumir um superministério, que reúne Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio.

De perfil liberal, Paulo Guedes defende a menor participação possível do Estado na economia.

Nascido no Rio de Janeiro, Guedes se formou em economia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e fez mestrado e doutorado na Universidade de Chicago (EUA). Ele nunca teve cargo público e fez fortuna no mercado financeiro.

Sérgio Moro (Justiça)

O juiz de 46 anos ganhou projeção nacional ao julgar processos da Operação Lava Jato na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba.

No governo, assumirá o ministério que reunirá as pastas da Justiça e da Segurança Pública. Será responsável, por exemplo, pela Polícia Federal, pelo Departamento Penitenciário Nacional e pela Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Nascido em Maringá (PR), Sérgio Moro formou-se em direito pela Universidade Estadual de Maringá e tem mestrado pelo Universidade Federal do Paraná. É juiz federal há 22 anos.

General Augusto Heleno (Segurança Institucional)

O militar de 71 anos chegou a ser cotado para vice na chapa e para ministro da Defesa, mas vai assumir a pasta da Segurança Institucional.

Na reserva desde 2011, o general comandou a missão de paz das Nações Unidas no Haiti, foi comandante militar da Amazônia e chefiou o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército.

Antes de definir que iria para o Gabinete de Segurança Institucional, o general Heleno foi anunciado no Ministério da Defesa. Será o novo responsável pela área de inteligência do governo, pela segurança pessoa do presidente da República e pela prevenção de crises.

Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia)

Ele ficou conhecido no Brasil e no mundo como o primeiro e único astronauta brasileiro a ir para o espaço. Foi aviador, piloto de caça e seguiu carreira militar, chegando ao posto de tenente-coronel.

Atualmente na reserva, Marcos Pontes nasceu em São Paulo, em 1963, tem mestrado em Engenharia de Sistemas e é engenheiro Aeronáutico.

Segundo o site do tenente-coronel, ele também já foi embaixador das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial.

Tereza Cristina (Agricultura)

Atual presidente da Frente Parlamentar Agropecuária do Congresso Nacional, conhecida como a bancada ruralista, Tereza Cristina foi indicada pela FPA para o cargo. Ela é engenheira agrônoma e empresária.

No Mato Grosso do Sul, ocupou o cargo de gerente-executiva em quatro secretarias: Planejamento, Agricultura, Indústria, Comércio e Turismo. Também foi diretora-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e da Empresa de Gestão de Recursos Minerais.

No Congresso, Tereza Cristina foi uma das principais defensoras do projeto que muda as regras no registro de agrotóxicos. A futura ministra está no primeiro mandato como deputada e, durante a campanha eleitoral, manifestou apoio à candidatura de Bolsonaro à Presidência.

General Fernando Azevedo e Silva (Defesa)

O general da reserva de 64 anos foi chefe do Estado-Maior do Exército, chefe de Operações na Missão de Paz da ONU, no Haiti.

Atualmente, assessora o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Ele ainda chefiou a Autoridade Pública Olímpica durante a gestão da presidente Dilma Rousseff.

Azevedo e Silva foi contemporâneo de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), onde o presidente eleito concluiu o curso de formação em 1977, um ano depois de seu futuro ministro.

Ernesto Araújo (Relações Exteriores)

É diplomata de carreira há 29 anos. Atualmente, é diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos.

Nascido em Porto Alegre, formou-se em letras pela Universidade de Brasília e, na década de 1990, entrou no Instituto Rio Branco.

Ele é filho de Henrique Fonseca de Araújo, ex-procurador-geral da República e ex-deputado estadual pelo Rio Grande do Sul.

Wagner Rosário (Transparência e CGU)

Rosário é o atual ministro da Transparência e CGU e permanecerá no cargo. Até o momento, ele é o primeiro ministro do governo de Michel Temer que permanecerá na gestão de Bolsonaro.

Natural de Juiz de Fora (MG), é auditor federal de Finanças e Controle desde 2009. Ele também já trabalhou como oficial do Exército.

O ministro tem graduação em Ciências Militares pela Academia das Agulhas Negras (Aman) e mestrado em Combate à Corrupção e Estado de Direito pela Universidade de Salamanca, na Espanha.

Luiz Henrique Mandetta (Saúde)

Mandetta cursou medicina na Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro. Fez residência em ortopedia na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e especialização em ortopedia em Atlanta (EUA). Trabalhou como médico em hospitais militares e na Santa Casa de Campo Grande.

Em Mato Grosso do Sul, presidiu a Unimed de Campo Grande entre 2001 e 2004 e, ao encerrar sua gestão, assumiu a Secretaria de Saúde de Campo Grande, que comandou entre 2005 e 2010, durante a gestão do então prefeito Nelsinho Traud.

Mandetta era filiado ao MDB e migrou para o DEM para concorrer a deputado federal em 2010. Foi eleito e reeleito. Neste ano, decidiu não disputar o terceiro mandato.

André Luiz de Almeida Mendonça (AGU)

O advogado André Luiz de Almeida Mendonça é pós-graduado em Direito pela Universidade de Brasília (UnB).

Em 2008, foi nomeado Diretor do Departamento de Patrimônio Público e Probidade Administrativa da Procuradoria-Geral da União. Em 2016, assumiu o cargo de corregedor-geral da AGU.

Mendonça foi advogado concursado da Petrobras e, atualmente, é consultor jurídico da CGU (Controladoria-Geral da União). Além disso, é pastor auxiliar na Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília.

Gustavo Bebbiano (Secretaria Geral da Presidência)

O advogado de 54 anos é um dos conselheiros de Jair Bolsonaro e foi uma das figuras mais próximas ao presidente eleito durante a campanha deste ano.

Faixa preta de jiu-jítsu, Bebianno foi apresentado a Bolsonaro em 2017 e se ofereceu para atuar de graça em processos judiciais do deputado, de quem conquistou a confiança, a ponto de ter assumido a presidência do PSL, partido do presidente eleito.

Também acompanhou de perto a recuperação de Bolsonaro, depois que o então candidato levou uma facada durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Bebianno deixou o comando do PSL em outubro.

Ricardo Vélez Rodríguez (Educação)

Nascido na Colômbia, Ricardo Vélez Rodríguez foi anunciado por Jair Bolsonaro como ministro da Educação pelo perfil do presidente eleito no Twitter. Ele é filósofo e foi professor associado da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na qual se aposentou. Segundo Bolsonaro, o futuro ministro é autor de mais de 30 obras e atualmente é professor emérito da Escola de Comando do Estado Maior do Exército.

Ainda de acordo com Bolsonaro, Rodríguez é professor de filosofia, mestre em pensamento brasileiro pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), doutor em pensamento luso-brasileiro pela Universidade Gama Filho, pós-doutor pelo Centro de Pesquisas Políticas Raymond Aron e tem “ampla experiência docente e gestora”.

Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo)

Natural de Rio Grande (RS), Carlos Alberto dos Santos Cruz é formado em Engenharia Civil e chegou ao posto de general de divisão no Exército. Ele foi anunciado para chefiar a Secretaria de Governo por Jair Bolsonaro, por meio do Twitter. A pasta fica no Palácio do Planalto e cuida, entre outras atribuições, da articulação do governo com o Congresso.

O militar, de 66 anos, comandou as missões de paz da ONU no Haiti (2007 a 2009) e na República Democrática do Congo (2013 a 2015) e chefiou a Secretaria Nacional de Segurança Pública durante parte da gestão do presidente Michel Temer.

Santos Cruz também trabalhou como consultor da Organização das Nações Unidas (ONU) em razão de sua participação nas missões de paz.

Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura)

Ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Tarcísio Gomes de Freitas é consultor legislativo da Câmara dos Deputados, chefiou a seção técnica da Companhia de Engenharia do Brasil na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti e atuou como coordenador-geral de Auditoria da Área de Transportes da Controladoria-Geral da União (CGU).

O futuro ministro é engenheiro civil formado pelo Instituto Militar de Engenharia, com pós-graduação em gerenciamento de projetos e engenharia de transportes.

Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional)

O futuro ministro do Desenvolvimento Regional é formado em engenharia da computação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e em direito pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub).

Segundo o Ministério da Intregração Nacional, do qual é o atual secretário-executivo, Canuto também já trabalhou na Secretaria de Aviação Civil, na Secretaria-Geral da Presidência da República e na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Osmar Terra (Cidadania)

Ministro do Desenvolvimento Social entre maio de 2016 e abril deste ano, no governo Michel Temer, Osmar Terra é deputado pelo MDB-RS.

Terra é ex-prefeito de Santa Rosa (RS) e atuou como secretário estadual de Saúde do Rio Grande do Sul nos governos Germano Rigotto (MDB) e Yeda Crusius (PSDB).

Médico com mestrado em Neurociência, o futuro ministro chegou à Câmara dos Deputados em 2001 e foi reeleito em 2006, 2010, 2014 e 2018.

Marcelo Álvaro Antônio (Turismo)

Nascido em Belo Horizonte, o futuro ministro está no primeiro mandato como deputado federal e foi reeleito neste ano como o mais votado de Minas Gerais. Marcelo Álvaro Antônio é filiado ao PSL, partido de Bolsonaro, e também já foi filiado a PRP, MDB e PR.

Integrante da bancada evangélica no Congresso Nacional, Marcelo Álvaro Antônio votou a favor do prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer para o Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2016, votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff.

Bento Costa Lima (Minas e Energia)

Nasceu no Rio de Janeiro e entrou para a Marinha na década de 70. Além de almirante de esquadra, é diretor geral de desenvolvimento nuclear e tecnológico da Marinha e faz parte do conselho de administração da Nuclebrás, autarquia responsável por desenvolver o programa nuclear brasileiro.

Entre outros cargos que ocupou estão: observador das forças de paz da ONU em Saraievo; assessor parlamentar do ministro da Marinha no Congresso e comandante dos submarinos Tamoio e Toneleiro. O almirante tem pós-graduação em Ciência Política pela Universidade de Brasília e MBA em gestão pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Damares Alves (Mulheres, Família e Direitos Humanos)

Advogada e pastora evangélica, Damares Alves era assessora do senador Magno Malta (PR-ES) desde 2015.

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