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Polícia usa truculência para impedir manifestantes de se abrigarem da chuva na Secretaria de Ciência e Tecnologia

Professores e estudantes das Universidades Estaduais da Bahia estavam acampados na Secretaria de Educação, desde a terça-feira (4), para cobrar avanços na negociação da greve docente, iniciada há quase dois meses. Após um temporal na tarde da quarta-feira (5), os manifestantes decidiram se abrigar no prédio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, quando a Polícia Militar tentou barrar a entrada com truculência. No momento, o movimento negocia com representantes do governo e deputados a permanência no local e entrada dos demais professores e estudantes que aguardam na área externa do prédio sob forte chuva.

“Todas as nossas barracas que estavam em frente a Secretaria de Educação do Estado da Bahia molharam, nossas roupas, nossos colchonetes, todos os nossos pertences. Já prevendo que a chuva iria continuar, […] entramos na Secretaria Ciência e Tecnologia para nos abrigar e fomos recebidos pela Polícia Militar, do governo Rui Costa, de maneira ostensiva, violenta, sem compreender que nós […] não poderíamos continuar ao relento”, conta Soraya Adorno, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Adusb).

O coordenador do Fórum das Associações Docentes, André Uzêda considera a situação muito delicada e destaca que “o governo não acena com uma tentativa de deixar as portas abertas e a entrada livre e a saída dos professores e estudantes”, além disso “não temos acesso aos banheiros”. Para permanecerem no prédio, os manifestantes improvisaram banheiro com garrafa de água.

O governo Rui Costa escalou o Coronel Sturaro, Comandante de Operações da Polícia Militar para negociar com  professores e estudantes. Para a secretária geral da Adusb, Iracema Lima, a ação é uma demonstração da “incapacidade do governo estabelecer qualquer diálogo com o movimento docente. Isso demonstra as contradições do projeto do petista baiano, que na mídia defende as liberdades democráticas, mas pela força policial tenta amordaçar os docentes das Universidades Estaduais”.

As reivindicações

Os professores cobram do governador o compromisso de não alteração do Estatuto do Magistério Superior, sem consentimento do movimento docente. Respeito aos direitos trabalhistas como promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho. Reajuste salarial de 5,9% em 2019. Fim do contingenciamento orçamentário nas Universidades Estaduais da Bahia, dentre outras questões.

Conheça a contraproposta completa. 

Fonte: Adusb

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