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Querem continuar

Enquanto a grande maioria da sociedade assume o papel de espectador da política brasileira, os representantes do povo no Executivo, no Legislativo e Judiciário continuam trabalhando arduamente para que nada melhore na vida dos seus representados. Após comprar sua permanência no cargo, Michel Temer mantém o discurso de crescimento econômico mesmo aumentando a previsão do déficit público para continuar corrompendo os parlamentares em troca da aprovação das reformas que ainda estão sendo debatidas, tendo o foco principal a Previdência Pública.
Sem nenhum constrangimento a grande parte dos partidos políticos brasileiros, com sua imensa maioria envolvidos em escândalos de desvios de verbas públicas, ainda se propõe a fazer mudanças nas leis eleitorais buscando incessantemente formas de permanecerem como protagonistas do Estado brasileiro.
Entre as propostas já admitidas pelo relator deputado Vicente Candido (PT), estão as mudanças na forma da eleição com votos distritais, listas partidárias, a criação de um fundo de mais de R$ 3 bi com verbas públicas para financiar as campanhas eleitorais partidárias e a possibilidade da ocultação da identidade do doador individual, com um aumento no valor por pessoa. Isso comprova que querem mexer em várias coisas para não mudar nada. O objetivo é a manutenção de certos políticos como mandatários eternos do poder, impedindo uma renovação de ideias e dos personagens que dominam a política nacional. Tais propostas já têm o repudio de instituições como a ONG Transparência Brasil e a Ordem dos Advogados do Brasil, que temem pelo aumento das doações ilegais.
Para reverter este cenário, será necessária uma mobilização nacional intensa, que com certeza não virá com as centrais sindicais ou com os partidos políticos. Ela deverá ser construída por todos aqueles que acreditam que o Brasil ainda pode atingir a evolução desejada no respeito aos direitos sociais. Precisamos sair da posição de eleitor e espectador para assumirmos o nosso direito de ser cidadão. Vamos à luta.

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