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Tombo do PIB seria de 18% sem o auxílio emergencial de R$ 600

O PIB brasileiro caiu 9,7% no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano. Foi um tombo histórico, que sobe a mais de 11,4% quando comparado ao desempenho do mesmo período do ano passado. Foi o recuo mais intenso da série iniciado em 1996.

Uma tragédia que não se deve apenas aos efeitos da pandemia do novo coronavírus mas igualmente à política econômica desastrosa comandada por Paulo Guedes.

Mas poderia ser pior. O auxílio emergencial de R$ 600,00 per capita amenizou significativamente os impactos da crise, impactando positivamente o mercado interno e estimulando as vendas no varejo.

Cálculo feito pela MB Associados, divulgado pelo G1, sugere que a queda do PIB neste trimestre, em relação a 2019, sem o Auxílio Emergencial poderia chegar a 18,2%. Isto reforça a necessidade de prorrogar o benefício até o final do ano, conforme defendem em nota as centrais sindicais.

O governo Bolsonaro aceita prorrogar por quatro meses desde que, a pretexto da “responsabilidade fiscal”, o auxílio seja reduzido à metade, ou seja, a R$ 300,00 per capita, um valor sabidamente insuficiente para satisfazer as necessidades elementares de consumo das pessoas que necessitam do benefício. As centrais sindicais e os parlamentares progressistas estão lutando para manter o valor original aprovado pelo Congresso Nacional.

Setores  

Com peso de mais de 70% no PIB, os serviços recuaram 9,7%, queda idêntica à registrada pelo PIB no período de abril a junho. O declínio da indústria foi maior, 12,3%, e a agropecuária foi o único setor da economia a registrar desempenho positivo: 0,4%. Os investimentos caíram 15,4% e o consumo das famílias, 12,5%.

A depressão cobra um preço altíssimo à classe trabalhadora, que amarga o desemprego em massa e a falta de oportunidades num mercado precarizado e sem perspectivas.

A saída da crise demanda uma forte intervenção do Estado, mas isto não condiz com a ideologia neoliberal dominante, ancorada no dogmatismo fiscal do congelamento dos gastos públicos primários e Estado mínimo.

Daí provém a resistência em prorrogar o auxílio emergencial de R$ 600,00 per capita, embora seja um remédio de comprovada eficácia no enfrentamento da crise.

Fonte: CTB

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