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BB fechado e BNB deve ser o próximo

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A agência BB/Régis Pacheco encerrou o atendimento ao público na última sexta-feira (10). No pacote, a região Sudoeste perdeu também a superintendência do banco. Os fechamentos fazem parte do processo de sucateamento dos bancos públicos orquestrado pelo governo Temer a partir de planos de reestruturação aplicados para o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste.
Quem paga a conta do desmonte são os bancários e clientes. Apesar de receber todas as contas da unidade fechada, apenas sete funcionários foram destinados à agência do BB/Vitória da Conquista. Vale ressaltar que a agência do centro sofreu com a reestruturação do banco em dezembro e teve número de caixas disponibilizados aos clientes reduzido de 12 para 8, o que tem gerado déficit de atendimento e formação de filas com duração de até duas horas de espera. A conta não fecha e para piorar o regimento interno do banco impede substituição de caixas e horas extras.
A luta contra os retrocessos mobilizou bancários e Sindicato. Foram reunidas 2.600 assinaturas com intuito de solicitar que o Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon) ajuizasse uma ação civil pública contra o BB buscando a reabertura da agência. Também foram realizadas Audiência Pública na Câmara Municipal, reunião com o secretário Municipal de Administração, além da entrega de uma carta aos representantes políticos eleitos na região. Mesmo com todas essas ações não foi possível reverter essa situação.

Reunião com superintendência do BNB
Na última quinta-feira (9), representantes dos sindicatos de Juazeiro, Salvador e Vitória da Conquista, e da Federação dos Bancários Bahia e Sergipe estiveram reunidos com o superintendente Estadual do Banco do Nordeste, Antônio Jorge Pontes Guimarães Júnior, e a gerente Executiva, Daniela Graziane, para discutir sobre a reestruturação e fechamento de agências no estado.
Os dirigentes sindicais cobraram um maior compromisso em relação aos funcionários que serão realocados. Como resposta, o superintendente do BNB informou que os processos de concorrência estão suspensos até o término da reestruturação e que a maioria dos 41 bancários afetados em todo o estado será absorvida em agências no mesmo município, com as mesmas funções e remunerações por um período de seis meses, a partir da desativação da unidade de origem. Durante esse período, o banco analisará a criação de novas vagas.
Em Conquista, dois postos de trabalho no departamento jurídico do banco (Conaj) serão preenchidos por funcionários da agência BNB/Vitória da Conquista. O remanejamento dessas vagas tem como objetivo receber os bancários oriundos da agência BNB/Bairro Brasil.
“Precisamos ter em vista que esse é um momento de somar forças porque os ataques ainda estão acontecendo. O plano de reestruturação do BNB já anunciou o fechamento da agência do Bairro Brasil, com isso, a população conquistense perderá mais uma vez. A sociedade precisa cobrar dos representantes políticos mais empenho para tentar impedir esse fechamento. O Sindicato acompanhará de perto esse processo, cuidando para que não haja perda de direitos para a categoria”, ressalta, Sarah Sodré, diretora de Assuntos Jurídicos do SEEB/VCR.

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