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Greve começa com 6.251 agências paradas em todo Brasil

No primeiro dia da Greve Nacional dos Bancários, a categoria mostrou sua força paralisando as atividades em 70 agências das 45 cidades da base territorial do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região.
De acordo com a Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, 587 agências tiveram o expediente suspenso nos dois estados. Foram 497 agências paralisadas na Bahia e 90 em Sergipe. Na Bahia, a maior adesão foi dos funcionários dos bancos públicos. Foram 162 agências do Banco do Brasil, 109 do Banco do Nordeste e 38 da Caixa, somando 309 unidades sem funcionamento. Em todo país, os bancários demonstraram união paralisando as atividades de 6.251 agências de bancos públicos e privados.
A base do SEEB/VCR é composta por 1.130 bancários, que atuam em 91 agências em toda a região. Para o presidente do SEEB/VCR, Paulo Barrocas, a participação foi intensa, mas é preciso fortalecer ainda mais o movimento. “A adesão foi muito boa neste primeiro dia, e esperamos que a mobilização fique cada vez mais forte. Quanto mais a categoria aderir, mais rápido nossas reivindicações serão atendidas. Os bancos só vão fazer uma proposta decente quando a lucratividade cair por conta das agências fechadas. Por isso, é importante que todos paralisem suas atividades e venham para a luta”, afirma.
A greve foi motivada pela conduta desrespeitosa dos banqueiros, que ignoraram as reivindicações dos bancários por melhorias nas condições de trabalho, investimentos em segurança e mais contratações. Além disso, a Fenaban apresentou uma proposta irrisória de reajuste salarial, com apenas 5,5% de aumento – o que não cobre nem mesmo a inflação acumulada em 9,88% no mês de setembro.
Vale a pena ressaltar que o baixo índice apresentado não é fruto somente dos bancos privados: o governo federal estaria pressionando, através das direções dos bancos públicos, para que não seja concedido aumento real de salários para os bancários. A ideia é cortar despesas e economizar dinheiro público com arrocho salarial.

Mais uma vez querem que o trabalhador pague por toda a conta da crise do capital, que pode até afetar os setores produtivos da economia, mas não chega perto do sistema financeiro, que continua batendo recordes de lucratividade.

Não vamos pagar pela crise! A greve segue por tempo indeterminado, até que os banqueiros e o governo apresentem propostas para a melhoria das condições de trabalho e um índice de reajuste decente para a categoria.

 

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