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Reeleição de Dilma não garante avanços

Mobilização dos trabalhadores será fundamental para valorização da categoria bancária.

No último domingo (26), a maioria nos brasileiros decidiu pela reeleição da presidente Dilma Rousseff, mas o que os trabalhadores podem esperar para os próximos quatro anos de Governo Federal? Na última quinta-feira (23), ainda em campanha eleitoral, a presidente enviou uma carta aberta à Contraf onde afirma estar “no caminho certo em nosso compromisso com o fortalecimento dos bancos públicos”. Infelizmente a robustez dos bancos públicos é fruto da exploração dos bancários, que estão, cada vez mais, competindo com as instituições privadas em busca de lucratividade.

Nos três primeiros anos do governo Dilma, o lucro do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal foi crescente: o BB aumentou seu lucro em R$ 3,7 bilhões de 2011 para 2013, e os ganhos da CEF cresceram R$ 1,5 bilhão no mesmo período. Entretanto, a elevação do lucro dos bancos públicos não resultou em avanços para os trabalhadores. O número de funcionários, por exemplo, é insuficiente em todos os bancos. Na CEF seriam necessárias cerca de 30 mil novas contratações para atender a demanda de forma satisfatória. Já o BB, reduziu o quadro de funcionários de 113.810 em 2011 para 111.547 em junho deste ano.

Pouco antes das eleições, durante a Campanha Salarial dos Bancários deste ano, o governo federal teve a oportunidade de apresentar propostas de melhorias para a categoria, entretanto lutas históricas dos bancários como isonomia, combate ao assédio moral, segurança e melhorias em infraestrutura permanecem sem propostas satisfatórias.

Apesar do apoio da maioria das centrais sindicais do país, o Governo também não tem dado a devida atenção às pautas gerais dos trabalhadores, que precisam ser aprovadas com a mobilização da base de apoio governista, que é maioria no congresso.

“A presidente precisa inserir as pautas dos trabalhadores na agenda do Governo. No caso dos bancários, só haverá uma valorização real da categoria com o aumento do quadro de funcionários, com preservação do emprego e com o restabelecimento de direitos que foram retirados em governos anteriores. Por isto, vamos permanecer atentos e combativos pela valorização dos bancários”, afirma o presidente do SEEB/VCR, Paulo Barrocas.

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