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8 de março: Dia Internacional da Mulher

Este 8 de março celebramos mais uma vez a luta das mulheres, mas esse ano carrega também o marco de um ano de pandemia da Covid-19. Neste novo cenário, a vida das mulheres tornou-se ainda mais desafiante.

Em uma sociedade que tem em sua base o machismo e a exploração, em um cenário de crise sanitária e política, as mulheres são as principais prejudicadas. As múltiplas jornadas de trabalho hoje se somam às atividades de cuidados necessários e a rotina doméstica modificada com a suspensão de algumas atividades.

Durante a pandemia, ficou escancarado que para as mulheres nem mesmo a casa é um ambiente seguro. Enquanto as autoridades apelam para a necessidade de isolamento em casa, o índice de violência contra as mulheres cresce, só em 2020 foram mais de 100 mil denúncias.

Ao longo deste ano, a categoria bancária esteve trabalhando arduamente todos os dias para atender as necessidades de quem precisava de atendimento nas agências. As mulheres também são as principais prejudicadas com a recessão econômica que o país está enfrentando, pois elas são maioria na informalidade, e em empregos precarizados e são as primeiras a serem demitidas, segundo relatório da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), braço da ONU. Além disso, o desemprego atinge as mulheres de forma mais aguda e agora são as principais atingidas pelo fim do auxílio emergencial.

O dia 8 de março ficou instituído como o Dia Internacional da Mulher em 1975, quando a Organização das Nações Unidas oficializou. Esse foi apenas o reconhecimento oficial da data, ainda assim, um passo importante na luta contra desigualdade de gênero já travada desde muito antes por mulheres em todo o mundo.

BANCÁRIAS E PANDEMIA

Ao longo desses anos de luta, a categoria bancária foi a primeira a conquistar, em negociação com o setor patronal, uma cláusula específica sobre igualdade de oportunidades. Atualmente, na base do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região são 419 mulheres filiadas à entidade.

Com a pandemia, este ano não haverá o evento presencial que a categoria realiza todos os anos para discutir temáticas de interesse das mulheres. Pensando em uma alternativa possível, ao longo deste mês de março, o SEEB/VCR vai realizar uma ocupação virtual das bancárias na rede social. Todos os dias serão publicados depoimentos de bancárias de nossa base falando sobre como é ser mulher bancária em meio à pandemia. Acesse o instagram do Sindicato e acompanhe a ação para conhecer sobre a realidade dessas trabalhadoras.

A força dessas mulheres tem conquistado direitos importantes para reduzir a desigualdade de gênero neste setor. Recentemente foi estabelecida uma mesa de negociação específica e permanente, para debater de forma cotidiana questões relativas ao direito das mulheres. E com a cobrança das bancárias, o Santander e o Bradesco criaram um canal para acompanhamento de vítimas de violência de gênero. Com o agravamento da pandemia, a principal reivindicação no momento é a vacinação universal da população brasileira, só com a vacinação será possível cessar a devastação que tem sido causada pelo vírus.

Neste dia o Sindicato não pode deixar de destacar a importância do trabalho das bancárias, principalmente neste período de pandemia. São trabalhadoras que lidam com uma realidade desafiadora, estão nas ruas, embaixo de sol e chuva atendendo a população, nas agências lidando com as cobranças abusivas de meta, ou em homeoffice, enfrentando a complexidade de conciliar casa e trabalho.

“Quero aproveitar esse momento para parabenizar a todas as mulheres que são guerreiras. Mesmo em meio a pandemia da Covid-19 que estamos enfrentando, temos nos desdobrado em nossas duplas jornadas de trabalho. Não paramos de trabalhar nenhum dia, estamos cotidianamente dando o nosso melhor para atender a população que precisa do serviço bancário, buscando sempre colocar a segurança em primeiro lugar, por nós, pelos clientes e pelos nossos familiares. Precisamos aproveitar esse mês de março para valorizar o trabalho duro de todas as bancárias”, destaca Risete Góis, bancária do Bradesco e diretora de Assuntos de Gênero do SEEB/VCR.

Ao olhar para atrás é importante reconhecer a luta de todas as outras que por aqui passaram para que as de hoje estejam de pé, resistindo e construindo um futuro para as que, as que virão, possam se emancipar e voar ainda mais alto.

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