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Bancários de Vitória da Conquista e região aprovam acordo com os bancos

Na última segunda-feira (31), as bancárias e bancários da base territorial do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região deliberaram sobre as propostas apresentadas pela Fenaban e as específicas por banco. A consulta aconteceu por meio da plataforma virtual, no site da entidade.

Por maioria de votos, a categoria decidiu por aceitar as proposições colocadas para a Convenção Coletiva de Trabalho e os Acordos Coletivos de Trabalho Aditivos.

Confira os números:

 

Banco do Brasil Banco do Nordeste Caixa Econômica Federal Privados 
SIM –  91%

NÃO – 9%

SIM – 92%

NÃO – 8%

SIM – 77,5%

NÃO – 19%

ABSTENÇÃO – 3,5%

SIM – 92,66%

NÃO – 4,58%

ABSTENÇÃO – 2,75%

O acordo, que também foi aprovado pela maioria dos bancários do país, valerá por dois anos. Em relação à remuneração, ficou garantido para este ano, 1,5% de reajuste nos salários, mais abono de R$ 2 mil para todos, e reposição da inflação (INPC estimado em 2,74%) nas demais verbas como VA e VR, bem como nos valores fixos da PLR. Para 2021, o texto  prevê 0,5% de aumento real para salários e demais verbas. Além disso, todas as demais cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria foram mantidas.

Além da consulta, o Sindicato realizou, noite de ontem, uma plenária por por videoconferência. A reunião, que aconteceu às 19h, possibilitou um espaço de debate entre os trabalhadores bancários para esclarecimento dos pontos das proposições apresentadas antes do voto.

Na campanha deste ano a categoria teve que enfrentar, além da pressão das instituições financeiras, uma conjuntura de retirada de direitos e de dificuldades impostas pela pandemia. 

A proposta indicada pelo Comando Nacional e aprovada pelas bancárias e bancários foi conquistada após 14 rodadas de intensas negociações e com a ameaça de greve.

A outorga da categoria aconteceu no prazo limite da data base da categoria, pois a CCT era válida até esta segunda (31).

“Mesmo com o cenário adverso para os trabalhadores, devido à pandemia e aos ataques promovidos pelos bancos e pelo governo federal, a categoria se manteve mobilizada na defesa dos nossos direitos. Apesar dos lucros nas alturas, os bancos insistiam na retirada de direitos e rebaixamento da renda da categoria. Tivemos que nos reinventar para enfrentar estes ataques e as manifestações virtuais deram o norte às mobilizações, inclusive com muitas hashtags na nossa campanha indo para os trending topics por vários dias. Portanto, precisamos parabenizar o Comando Nacional, as federações e sindicatos, mas principalmente toda a categoria – que é quem realmente decide os rumos da nossa campanha – pelos resultados alcançados. Mesmo não tendo um reajuste real no salário este ano, ele está garantido para o ano que vem, assim como estão garantidos os nossos direitos. Acredito ter sido este o objetivo número 1 da nossa campanha”, considera Leonardo Viana, presidente do SEEB/VCR.

 

Veja os principais pontos do acordo e em quais os bancos retrocederam:

– Manutenção de todas as cláusulas da CCT por dois anos

Proposta inicial: Fenaban queria retirar direitos da CCT, como a 13ª cesta alimentação, e queria mudar as regras da PLR, rebaixando seus valores.

Após negociação: Mantidos todos os direito previstos na CCT, em acordo de dois anos (2020/2021)

 

– Reajuste de 1,5% + abono de R$ 2 mil; aumento real em 2021

Proposta inicial: Fenaban insistia em reajuste ZERO

Após negociação: Reajuste de 1,5% para salários + abono de R$ 2 mil para todos, em 2021. Isso garante em 12 meses valores acima do que seria obtido apenas com a aplicação do INPC para salários até R$ 11.202,80, o que representa 79,1% do total de bancários (isso já considerando o pagamento de 13°, férias e FGTS). Para 2021: aumento real de 0,5% para salários e demais verbas, como VA, VR e auxílio-creche, e para valores fixos e tetos da PLR.

 

– VA, VR e auxílio-creche

Proposta inicial: Fenaban propôs reajuste ZERO para VA, VR e auxílio-creche.

Após negociação: este ano, VA, VR e auxílio-creche serão reajustados pela inflação (INPC estimado em 2,74%). Para 2021: VA, VR e auxílio-creche terão reposição da inflação do período + aumento real de 0,5%.

 

– 13ª cesta alimentação

Proposta inicial: Fenaban queria extinguir a 13ª cesta alimentação.

Após negociação: Mantida a 13ª cesta alimentação, com reposição da inflação em 2021 (INPC estimado em 2,74%). Para 2021: mantida a 13ª cesta alimentação, com reposição da inflação no período (1º de setembro de 2020 a 31 de agosto de 2021) + aumento real de 0,5%.

 

– PLR

Propostas iniciais: Fenaban apresentou 3 propostas que reduziam a PLR dos bancários em até 48%

Após negociação: Mantida PLR como está na CCT, e com reposição da inflação (INPC estimado em 2,74%) nos valores fixos e tetos. Para 2021: valores fixos e tetos com aumento real de 0,5%.

 

– Home office

Proposta inicial: Fenaban se recusou a negociar cláusula para melhorar condições de trabalho no home office.

Após negociação: Bancos se comprometeram em manter o home office até o final da pandemia. A Fenaban não concordou em colocar no acordo cláusulas sobre o controle da jornada de trabalho, sobre o ressarcimento de custos e a disponibilização da mobília adequada ao home office. Mas, mesmo sem um acordo geral sobre o tema, o Comando Nacional saiu com a sinalização de acordos específicos com alguns bancos.

 

– Contribuição negocial

Foi mantida a contribuição negocial de 1,5% do salário, com mínimo de R$ 50 e máximo de R$ 250, e 1,5% da PLR, com teto de R$ 210. A contribuição negocial, essencial para que os sindicatos possam fazer a luta, já havia sido aprovada pelos bancários nas conferência estadual e nacional e em assembleia do Sindicato.

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