Home / Caixa Econômica / Desmonte da CEF e incertezas para os funcionários

Desmonte da CEF e incertezas para os funcionários

A gestão da Caixa Econômica Federal segue ignorando até mesmo a Justiça para colocar em prática o seu projeto de reestruturação. Ainda sem informações e com cobrança de critérios que demandam cursos não disponibilizados pelo banco, foi encerrado nesta semana o prazo para manifestação dos interesses de movimentação. Esse período só foi garantido por meio do setor jurídico da Contraf/Cut, tendo em vista que o banco, no mês passado, havia apresentado um prazo de apenas três dias.

Na manhã do dia 2 de março, o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região esteve na Superintendência Regional para orientar funcionárias e funcionários sobre os procedimentos jurídicos nesse processo de reestruturação. Só na SR, cerca de 20 bancários serão transferidos, mas ainda não se sabe quando e nem para onde. A mesma angústia é vivida pelos cinco funcionários da agência digital que será extinta. Na Bahia, provavelmente só haverá agência digital em Feira de Santana e Salvador.

O setor de Representação Jurídica (REJUR), com um bancário e três estagiários, será deslocado para a agência Centro. Até o momento, a Gerência de Habitação não sofreu alterações, mas já está impactada com reestruturações anteriores que reduziram o quadro de 16 trabalhadoras e trabalhadores para cinco, e também perdeu a gerência, passando a ser apenas uma representação.

Neste processo de reestruturação e desmembramento da CEF, em Vitória da Conquista, a unidade da Superintendência Regional será desativada, sendo substituída por uma Superintendência Executiva de Varejo (SEV). Dentro das poucas informações dadas pelo banco, a estrutura que hoje existe será distribuída pelas demais agências da cidade. Tal movimentação tornará o atendimento aos clientes ainda mais caótico.

Hoje a Caixa tem sofrido com os impactos da política de governo que tem buscado desestruturar os setores públicos para abrir caminho para processos de fatiamento e privatizações. Em um ano, os investimentos das empresas públicas despencaram 31,3%. Com 159 anos de fundação, a serviço do povo brasileiro com investimentos e incentivos a políticas sociais, essa reformulação estrutural do banco tem como foco implementar uma atuação comercial e trará fortes impactos negativos para todo o país.

“Com esta reestruturação estão jogando fora conhecimentos técnicos que levaram anos para serem construídos, perdendo o contato com órgão públicos e empresas que desenvolvem obras de infraestrutura importantes para o desenvolvimento da região e diminuindo o papel social da instituição em detrimento da área comercial. Além disso, o processo pode promover, no futuro, o fechamento de agências e PDVs. O momento é de nos organizarmos e buscarmos apoio da população contra a entrega da Caixa para os interesses do mercado. Este é um ano crucial pois teremos a Campanha Nacional e precisaremos estar ainda mais unidos para o enfrentamento”, afirma Paulo Barrocas, secretário Geral do SEEB/VCR.

Veja Mais!

Bancários cobram explicações sobre reestruturação na Caixa

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou, nesta quinta-feira (1º/2), um ofício …