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Representantes da categoria nas negociações nacionais participam de debate em Conquista

Com ampla participação da categoria, foi realizado, no último dia 26, na sede da entidade o evento Bancários em Debate.

Os palestrantes Fabio Ledo, membro da Comissão de Empresa do Banco do Brasil e representante da Bahia e Sergipe na mesa de negociação específica do BB, Waldenir Britto, diretor da AFBNB, da FEEB-BA/SE e membro do Comando Nacional de Negociação do BNB, e Rita Serrano, conselheira no Conselho Administrativo da CEF e coordenadora do Comitê em Defesa das Empresas Públicas, analisaram o atual cenário político de ataques aos trabalhadores no país e a Campanha Nacional dos Bancários.

“Essa atividade foi muito importante para esclarecer as dúvidas sobre a Campanha Nacional e estimulou os colegas a repassarem essas informações para as agências. Isso se torna fundamental porque sabemos que será uma Campanha muito difícil e desafiadora e só com a unidade da classe é que conseguiremos manter os nossos direitos”, avaliou Camila Viana, bancária do Banco do Brasil/Vitória da Conquista.

A atividade foi organizada com o propósito de mobilizar a categoria para ampliar a participação na Campanha deste ano, com discussões sobre as mesas de negociações, as possíveis mudanças nos Planos de Saúde e a luta em defesa das empresas públicas. “A participação de um grande número de bancários no evento demonstra o entendimento da importância da presença de todos nas atividades da Campanha Nacional. Precisamos pressionar os bancos para que nenhum direito seja perdido e para isso é necessário compreender o cenário no qual estamos lutando”, destacou Paulo Barrocas, presidente do SEEB/VCR.

Confira as avaliações dos palestrantes:

Rita Serrano
O que temos de retrocesso com a política privatista do governo Temer? Qual o cenário da negociação para o bancários da CEF? O governo Temer listou 157 empresas para privatização, entre algumas de setores extremamente estratégicos do ponto vista do desenvolvimento do país, como a Eletrobrás e a Petrobras. Para comparar, em muitos países do mundo o sistema energético é público. Nos Estados Unidos, 60% do sistema energético é público, na China, 100% público, na França, 60% e no Brasil, temos o sucateamento de áreas estratégicas importantes. Essa política tem causado um dano à soberania do país e à sua capacidade de ser instrumento de investimento e desenvolvimento. Este governo é comprometido com o capital privado e tem como objetivo sucatear todas as empresas públicas. O cenário de negociação dos bancários como todo é dentro de uma reforma trabalhista que foi aprovada e que retira direitos, e de um governo que fortalece a posição dos bancos contrária ao direito dos trabalhadores.

Confira aqui a entrevista completa com Rita Serrano.

 

Fabio Lêdo
O que está em jogo com as propostas do banco para a CASSI? A Cassi hoje está passando por um momento muito difícil e o banco tem se aproveitado desse momento para tentar quebrar alguns princípios fundamentais. Na Cassi, paga mais quem recebe mais, independente do número de beneficiários. Os aposentados e os funcionários da ativa têm os mesmos benefícios e pagam um percentual do seu salário. Nós entendemos que a proposta do banco quebra esse princípio, além da paridade na gestão, proporcionalidade, que entendemos que devem ser mantidos por serem pontos que foram conquistados de forma exitosa pela luta da categoria. Na proporcionalidade, a cada 1% que o funcionário da ativa e aposentado contribuem, o banco contribui com 1,5% e não podemos abrir mão disso. A proposta do banco terá que passar por uma votação no corpo social, nesse sentido é crucial que os aposentados e da ativa participem e votem pela rejeição dessa proposta, lutando para manter os princípios da proporcionalidade, paridade e solidariedade.

Confira aqui a entrevista completa com Fabio Lêdo.

 

Waldenir Britto
Quais são as principais dificuldades que estão sendo enfrentadas na Campanha Nacional deste ano e como está a negociação com o BNB? Como a validade do acordo coletivo da categoria está prevista para terminar no dia 31 de agosto, a falta de garantia é o grande problema que nós temos para Campanha Salarial, correndo o risco de não ser assinado o aditivo até que o novo contrato coletivo seja firmado. Além disso, temos o desafio de manter nossos direitos. Trabalhamos no setor que mais lucra no mundo e é necessário que o trabalhador que contribui para esse lucro tenha uma parte desse retorno para si. Neste cenário, o Banco do Nordeste tem seguido a orientação do governo federal e não tem avançado nas negociações nas questões de interesse dos trabalhadores, mas estamos insistindo na negociação.

Confira aqui a entrevista completa com Waldenir Britto.

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