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Sindicato participa de sessão especial de 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher

Na manhã desta sexta-feira (24), o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região, representado pela vice-presidente Sarah Sodré e pela diretora de gênero, Camille Correia, esteve presente na sessão especial “21 dias pelo ativismo pelo fim da violência contra a mulher” na câmara de vereadores de Vitória da Conquista em uma audiência proposta pela vereadora Viviane Sampaio. Em todo o mundo, os 16 Dias de Ativismo abrangem o período de 25 de novembro (Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres) a 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos). No Brasil, a mobilização se inicia em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, para evidenciar a discriminação múltipla e agravada que afeta as mulheres negras e para conferir centralidade às interseccionalidades entre gênero e raça como elemento fundamental para o enfrentamento à violência no país.

Na ocasião, foi debatida a necessidade de investimentos estratégicos para a proteção dessas mulheres que são vítimas de violência. Camille Correia, diretora de gênero do SEEB/VCR, fala sobre a necessidade da ampliação de políticas públicas contra esse tipo de violência: “Nos últimos anos, temos visto uma queda vertiginosa no investimento governamental direcionado para a prevenção da violência de gênero, sendo o de 2022 o menor dos últimos 4 anos. O mote deste ano para os 20 dias de ativismo, ‘UNA-SE: Investir para Prevenir e Responder à Violência contra Mulheres e Meninas’, busca retomar o financiamento necessário para a prevenção, identificação dessas situações de violência e acolhimento das mulheres e meninas que já estejam vulnerabilizadas por esta vivência. Precisa ser um esforço conjunto para erradicar esse comportamento de nossa sociedade.”

Infelizmente, as diferentes formas de violência contra mulheres e meninas continuam sendo uma das violações de direitos humanos mais prevalentes e generalizadas no mundo. Viviane Ferreira, secretária de políticas públicas para mulheres em Vitória da Conquista, orienta sobre o que fazer caso a mulher seja vítima dessa violência: “Vitória da Conquista dispõe do CRAV (Centro de Referência da Mulher Albertina Vasconcelos). As mulheres que procuram a delegacia ou o centro de proteção são encaminhadas para lá, recebendo acolhimento e passando por três atendimentos: assistente social, psicóloga e orientação jurídica. Após as orientações, elas saem com agendamentos para superar o ciclo de violência.”

Sarah Sodré fala sobre como a violência também afeta no ambiente de trabalho, principalmente nos ambientes majoritariamente masculinos: O setor financeiro não está imune da discriminação e violência contra as mulheres. Por isso, é essencial reconhecer que a violência contra a mulher no ambiente de trabalho vai além das agressões físicas; ela se manifesta também de maneiras mais sutis, como discriminação, assédio moral e sexual. Nossas colegas enfrentam diariamente desafios que afetam não apenas seu desempenho profissional, mas também sua saúde mental e emocional. Por isso, o sindicato disponibiliza um ambiente com suporte e acolhedor para as mulheres que necessitam de ajuda. O telefone para contato é: (77) 3424-1620”.

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