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Sindicato promove palestra sobre o assédio e violência de gênero

O Dia Internacional da Mulher é comemorado mundialmente no dia 8 de março, porque nessa data, em 1917, milhares de mulheres na Rússia se reuniram em um protesto que ficou conhecido como “Pão e Paz”. Antes disso, em 1908, 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York exigido melhores condições de trabalho, redução da jornada de trabalho e direito ao voto.

Mais de 100 anos se passaram desde então e muitas conquistas para a independência e cidadania feminina aconteceram. Entretanto, o machismo estrutural é uma mazela mundial e os recorrentes casos de assédio moral e sexual que acontecem com as mulheres no ambiente de trabalho, só reforçam o quanto o sexo feminino ainda é estigmatizado e visto como inferior por muitos homens até hoje.

Os dados do Tribunal Superior de Trabalho (TST), mostram que, pelo menos, 65% das mulheres já passaram alguma vez por assédio sexual. Já outra pesquisa, feita pelo LinkedIn e pela consultoria de inovação social Think Eva, expõe que, mesmo entre as mulheres que ocupam posições hierárquicas mais altas, o assédio é uma realidade. Entre as entrevistadas que declararam desempenhar a função de gerente, 60% afirmaram terem sido vítimas de assédio. No caso de diretoras, o número chegou a 55%.

Nos bancos públicos e privados essa realidade é muito forte, tendo em vista que o ambiente financeiro é, estruturalmente, machista. Em 2022, as denúncias de assédio sexual envolvendo Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, ganharam grande repercussão nacional no fim de junho. Após as denúncias e uma intensa cobrança popular e midiática, o acusado foi desligado da instituição.

A realidade do assédio está longe de acabar, ela acontece em todas as cidades brasileiras e em Vitória da Conquista não é diferente. Em 2017, banco Itaú foi condenado a pagar R$ 1 milhão em indenização por conta de uma ação de denúncia de discriminação, abuso do poder hierárquico e humilhação contra os funcionários da agência São Geraldo. O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região orientou como os bancários poderiam levar a delação ao Ministério Público do Trabalho.

“É de suma importância que bancárias e bancários busquem se informar sobre os seus direitos, para não se submeterem passivamente a violência que, cotidianamente, é praticada no ambiente de trabalho. A consciência e participação na luta pela igualdade de oportunidades e pelo respeito às mulheres deve ser encampada por toda a sociedade, independente do gênero e para além do dia 8 de março”, considera Giovania Souto, diretora de Saúde do SEEB/VCR.

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