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Sindicato usa espaço da rádio Band para responder ataques feitos aos bancários

Após radialistas do programa Band News tratarem com deboche o cansaço das bancárias e bancários que estão atuando presencialmente nas agências e defenderem a privatização dos bancos públicos, o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e região solicitou um espaço para esclarecer sobre a realidade dos trabalhadores do sistema financeiro.

O presidente do SEEB/VCR, Leonardo Viana, apontou que as filas são uma realidade em todos os bancos, inclusive os privados, e a culpa da demora no atendimento é dos banqueiros, que não repõem o quadro com funcionários suficientes para suprir a demanda. Se por um lado os clientes sofrem com a demora no atendimento, por outro, a sobrecarga de trabalho faz com que os bancários sempre figurem entre as categorias com mais pessoas adoecidas e afastadas por LER/DORT no país.

Outro ponto explanado foi a importância dos bancos públicos. Leonardo lembrou que o Banco do Brasil é responsável pelo financiamento de quase 60% da rede agropecuária do país. Já a Caixa Econômica Federal é quem realiza cerca de 70% de todo financiamento imobiliário, principalmente de casas populares, o que não é de interesse dos bancos privados.

Sobre o trabalho nas agências, foi apresentado que os bancários estão no limite da capacidade, pois muitos estão em teletrabalho por serem do grupo de risco, além dos que se afastam quando contraem a Covid-19. Neste sentido, o presidente fez a defesa da vacinação preferencial da categoria, tendo em vista que o serviço bancário foi posto como essencial durante a pandemia e os trabalhadores estão constantemente expostos ao alto fluxo de atendimento e a um ambiente que favorece a disseminação do vírus.

Enquanto isso, os cinco maiores bancos do Brasil lucraram, somente nos três primeiros meses de 2021, R$ 26 bilhões ao passo em que sucateia a prestação de serviço para a população.

Por fim, Leonardo exigiu respeito para a categoria bancária que, mesmo sobrecarregada, sofrendo pressão para o cumprimento de metas abusivas e com o risco do adoecimento pelo coronavírus, pelas LER/DORT e transtornos mentais, manteve o atendimento ao público, o pagamento dos benefícios públicos – como o Auxílio Emergencial -, o fornecimento de crédito e a circulação de capital.

“Ataques infundados às trabalhadoras e trabalhadores bancários e aos bancos públicos em nada contribuem para resolver o problema da falta de funcionários e as filas nas agências. É preciso ter responsabilidade ao emitir opiniões, principalmente quando não se tem conhecimento da real situação que os bancários têm enfrentado no dia a dia”, conclui Leonardo Viana, presidente do SEEB/VCR.

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