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28 de agosto, Dia dos Bancários: mobilizados contra os desmandos dos bancos

No dia 28 de agosto comemoramos o Dia dos Bancários. A data é lembrada como um dia de luta desde o ano de 1951, quando, após 69 dias de paralisação, a categoria conquistou um reajuste salarial de 31%. Foi um longo período de resistência, que nos mostra que as conquistas só se concretizam quando somamos nossas forças. Desde então o movimento dos bancários cresceu estando à frente de momentos históricos para a classe trabalhadora brasileira, mas a categoria também é alvo frequente do desrespeito e do descaso dos bancos.

De uma profissão que representava o sonho de muitos trabalhadores por sua capacidade de luta e condições de trabalho e salário – fruto das longas batalhas e das muitas mobilizações – a categoria bancária vem, paulatinamente, sofrendo com os ataques aos seus direitos praticados pelo governo e patrões. Além da revolução tecnológica, que deveria servir para reduzir a carga de trabalho e não para eliminar os empregos, a perseguição maior chega através da reforma trabalhista, da terceirização e da reforma previdenciária, que precarizam as relações de emprego, permitindo cada vez mais a exploração da mão de obra sem as garantias necessárias de remuneração e condições adequadas de trabalho.

Este ano, as bancárias e os bancários estão, mais uma vez, frente ao desafio de lutar contra um dos setores mais lucrativos do país. A batalha é árdua, pois, mesmo com os cinco maiores bancos lucrando mais de R$ 56 bilhões apenas no 1º semestre, as instituições financeiras insistem em reduzir as remunerações e cortar direitos. Para a diretora de Assuntos Jurídicos, Sarah Sodré, com a conjuntura de alta inflação e a evidente diminuição do poder de compra, a categoria deve se manter mobilizada e firme no embate para evitar perdas e garantir novas conquistas. “Passamos pelo Dia dos Bancários sem uma proposta decente por parte dos bancos. A proposição apresentada nem sequer cobre os valores da inflação do período, um descaso para com aqueles que são responsáveis pela alta lucratividade do setor. Por este motivo, a organização nacional da categoria é de suma importância para que não haja perda em nenhum ponto da nossa Convenção Coletiva. O resultado da assembleia da base de Conquista e região, com 98.8% de rejeição da última proposta da Fenaban, reflete a insatisfação da categoria com o índice de reajuste e com o silêncio dos patrões nas mesas específicas que tratavam de temas como Saúde e Segurança no Trabalho. Agora, precisamos nos manter unidos na defesa dos nossos direitos. Por isto, o SEEB/VCR realiza, no próximo dia 10, na Arena Sashira, a Feijoada dos Bancários, para celebrarmos juntos a luta e a integração da categoria”, conclui.

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