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Começa o troca-troca para salvar Temer

O Supremo Tribunal Federal encaminhou, na última quinta-feira (21), nova denúncia contra o presidente da República, Michel Temer, à Câmara de Deputados. A segunda acusação feita contra Temer, pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, busca apurar o envolvimento do presidente da República nas práticas de obstrução de Justiça, com base na delação de Joesley Batista, e de organização criminosa, acusado de liderar quadrilha que usa instituições públicas para arrecadar propina, com os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.
Depois da votação no STF, por decisão majoritária (10×1), a acusação foi encaminhada à Câmara dos Deputados. Após duas tentativas frustradas, na sexta-feira (22) e na segunda-feira (25), a leitura da denúncia só foi realizada no Plenário na terça-feira (26), quando houve quórum suficiente para o trâmite. “Mais uma entre as várias denúncias que envolve o governo Temer e seus aliados. É preciso que a Câmara autorize a investigação para esclarecer a população sobre esse mar de lama que o poder Executivo está envolvido. Este governo está intimamente ligado aos interesses dos grandes empresários, que, para aumentar seus lucros, penalizam cada vez mais os trabalhadores. Precisamos cobrar dos nossos representantes posturas éticas e seriedade na análise da denúncia apresentada, respaldando o início das investigações das irregularidades cometidas por Temer”, destaca Paulo Barrocas, presidente do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região.
Já se antevendo, e recorrendo à prática que lhe garantiu o arquivamento da primeira denúncia, Temer começou a empenhar troca de liberação de emendas por apoio político. Como aconteceu em agosto deste ano, quando o Plenário da Câmara negou autorização ao STF para processar o presidente por crime de corrupção passiva, objeto da primeira denúncia de Janot contra Temer. As emendas – recursos previstos no Orçamento, cuja aplicação é indicada por deputados e senadores em projetos e obras nos estados e municípios –, em junho e julho, meses em que Câmara analisou a primeira acusação, ultrapassaram os R$ 2 bilhões, quase dez vezes mais que o valor de R$ 199 milhões repassado em agosto.

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