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Pior para o trabalhador

Por Alex Leite, diretor de comunicação e imprensa do SEEB/VCR.

Segundo dados oficiais do IBGE, cerca de 12,8 milhões de pessoas estão desempregadas no Brasil, chegando a quase 30 milhões se somadas àquelas que já desistiram de procurar emprego ou sobrevivem de pequenos trabalhos, os chamados “bicos”.

Como solução para a criação de novas ofertas de trabalho, o governo Bolsonaro, com o apoio da maioria do Congresso Nacional, insiste no discurso de que “ou o trabalhador tem direitos, ou tem emprego”. Com isso, tem aprofundado a retirada de qualquer garantia que a classe trabalhadora conquistou com muita luta, durante anos de enfrentamento para estabelecer relações de trabalho com um mínimo de regras para garantir que a parte mais frágil não sofresse tanta exploração.

Seguindo o que foi feito no governo Temer com a reforma trabalhista, as medidas provisórias editadas pelo presidente da República têm trazido cada vez mais os prejuízos para a classe trabalhadora em beneficio, exclusivamente, do capital privado. As medidas para regularizar a exploração com o trabalho intermitente, além das flexibilizações dos contratos e das jornadas sem remuneração extra aos fins de semana, não vão gerar nenhuma vaga a mais.

O empresariado tem apenas substituído o trabalhador melhor remunerado por um “escravo contemporâneo”, disposto a sair das estatísticas do desemprego, mesmo que temporariamente.

Essa revolução empresarial e política, que assumidamente e sem constrangimentos defende a exploração aberta e sem limites da mão-de-obra, precisa ser contida pela força da união e da consciência dos trabalhadores e por aqueles que defendem uma sociedade com justiça social para todos.

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