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Antipatriota, presidente do BB volta a defender privatização

Depois do ministro da Economia, Paulo Guedes, disparar que “tem que vender essa p… logo”, o que causou revolta entre os brasileiros, agora o presidente do Banco do Brasil escancara, mais uma vez, seu projeto privatista para entidade.
No último dia 8, foi realizada a audiência com a presença dos parlamentares, da Comissão Mista do Congresso sobre ações econômicas relativas à pandemia do coronavírus, e o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes.
Apesar de ter sido disponibilizado quase R$25 bilhões em empréstimo para pequenas e médias empresas, só foram utilizados pouco mais de R$8 bilhões. Um dos motivos para isso acontecer é que cliente que não pagaram as suas dívidas há menos de cinco anos não tem acesso ao crédito. Diante disso, o presidente do BB destacou que banco é para ter lucro e secundarizou a grave situação do país.
Apesar da centralidade ser as ações do banco nesse momento de pandemia, as recorrentes declarações do atual presidente do banco em defesa da privatização do BB trouxeram à tona esse debate. Segundo o Rubens, o sistema bancário vai enfrentar um processo de modernização que o banco público não se encaixaria. “A atividade bancária vai mudar muito e talvez precisemos mudar o perfil do banco para uma adaptação. E essas mudanças com as amarras do setor público seria muito dificultada”, afirmou.
Desde que tomou posse, Rubens Novaes não tem feito nenhum esforço em esconder o seu posicionamento privatista que não encontra nenhuma base material na realidade econômica do banco. Na reunião, alguns deputados chegaram questionar sobre os títulos conquistados pelo banco como o de “Banco Mais Inovador da América Latina”, concedido pela revista Global Finance. Se o banco tem um reconhecimento de bom desempenho até mesmo em âmbito mundial, por que privatizar?
Em suas declarações, Rubens Novaes, finge esquecer quais são as características de um banco público, que deve servir ao povo de um país e não ao mercado. Seguindo os ataques, ele ainda coloca em cheque a gestão pública do banco, que minimamente busca garantir que a atuação do BB ainda esteja a serviço dos brasileiros e traz como modelo de gestão de recursos humanos do setor privado, que em muitos casos demite funcionários até mesmo adoecidos. “Temos que submeter ao tribunal de contas da União toda discursão importante e ainda temos o controle da Secretaria das Estatais. A parte de publicidade temos que discutir com a Secretaria de Comunicação. Nós temos que nas indicações discutir tudo com a Casa Civil. Nossa política de pessoal é toda travada por concurso público, você não pode demitir o mal funcionário com a mesma facilidade que o banco privado e não pode premiar um bom funcionário da mesma forma que o banco privado permite”, declarou.
Ao demonstrar seu total alinhamento com o setor privado, a presença de Rubens Novaes na presidência de um banco, que ainda resiste como público mesmo com a abertura de capital, nos apresenta qual o projeto do governo Bolsonaro para o país. Mesmo em um momento de crise tão grave, onde toda a atenção deveria ser voltada para o fortalecimento interno da economia, o pouco que nos resta de patrimônio público está sob o risco de ser entregue para que o setor privado passe a lucrar com isso.
Enquanto os números revelam que as empresas públicas, mesmo com a ausência de investimento do Estado, cumprirem um papel social importante e ainda conseguem ser lucrativas, com isso tornam possível ampliar o investimento em desenvolvimento social do Brasil. No entanto, os representantes do mercado seguem defendendo cegamente venda de ações se ancorando projeto político-econômico e fingem que não. “O Banco do Brasil como tem um pessoal extremamente eficiente, conhecedor da sua atividade, ele consegue se manter e trazer resultados. Mas com essas mudanças todas que nós temos no mercado vai ser extremamente difícil. Não é uma questão nem ideológica, de dogma filosófico, coisa nenhuma. Vai ser muito melhor par ao Banco do Brasil se ele puder ser privado. E quando eu falo privado, não é que ele vai ser comprado por um grande grupo, vai ser uma Corporation, com um controle pulverizado, mas o governo ainda vai ter uma participação grande”, concluiu Rubens.
Com essa afirmação o atual presidente só deixa claro que o seu projeto visa apenas repartir ainda mais o lucro do Banco do Brasil. Enquanto Bolsonaro nega que o Banco será privatizado, como lembrou o próprio Rubens Novaes ao ser convidado a se justificar na Câmara de Deputados sobre suas declarações, tendo um gestor como esse, parece muito mais que o governo tem falado uma coisa e operado outra.

“Inadmissível que num cenário em que o mundo inteiro se volta para busca de soluções contra a Covid-19, o governo brasileiro ainda tem gente preocupado apenas em entregar o patrimônio nacional ao capital privado. Não apenas o Banco do Brasil, mas todos os bancos públicos, além de sólidos e rentáveis são importantes instrumentos de políticas sociais do Estado, ao invés de vender as empresas públicas, elas devem ser fortalecidas e expandidas para atuar ainda mais no mercado, tanto para competir quanto para regular as práticas de mercado. A pergunta que fica para as recentes falas do presidente do Banco do Brasil é: qual empresa manteria em seu quadro um gestor que defende a sua venda quando ela retorna para o proprietário uma média de R$ 3,4bi por ano, nos últimos 9 anos? Por tanto, ponto de vista da atuação no mercado, o BB é, sim, uma empresa tecnológica, que tem pessoal qualificado e plenas condições de se manter no topo do mercado brasileiro. Qualquer pensamento que parte no sentido de duvidar da capacidade do BB em se manter no topo, parte de pessoas que não têm a mínima condição de liderar uma empresa do tamanho, com a história e a importância que tem o BB para o Brasil”, considera Leonardo Viana, presidente do SEEB/VCR.

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