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Bolsonaro propõe o fim do isolamento social em meio a uma pandemia mundial

Na noite desta terça-feira (24), Bolsonaro utilizou os canais oficiais do governo para anunciar novas medidas diante da epidemia do Coronavírus. Contrariando as recomendações da Organização Mundial da Saúde, o atual presidente apontou que não passa de uma “gripezinha” e que quarentena é uma medida exagerada, ordenando que o país volte a funcionar normalmente, inclusive com o retorno das aulas. Na manhã desta quarta-feira (25), em frente ao Planalto Central, o mesmo enfatizou que a responsabilidade com a saúde dos mais velho é da família e que a população não deve contar com o Estado neste momento.

Tal declaração escancara o desespero do governo que não tem capacidade de lidar com uma crise dessa dimensão e tem colocado o lucro como prioridade. Mais de 157 país tem adotado a medida de isolamento social para reduzir a transmissão da doença. Medida essa que tem se mostrado efetiva para o achatamento da curva dos casos.

Entidades de saúde, Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e Associação Paulista de Medicina divulgaram nota publicizada no G1, repudiando a postura de Bolsonaro e alertaram para o perigo que está por vir caso o governo ignore a necessidade do isolamento social.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz e Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal, se pronunciaram nas redes sociais destacando que o momento demandar uma condução responsável do país e que essa pandemia é um momento grave para o país.

Nesta manhã, Ministério da Saúde divulgou que já são 46 mortes em todo o país e diferente do que foi anunciado pelo presidente Bolsonaro, entres os mortos estão jovens e pacientes que não são considerados de risco. Até a manhã deste dia 25, são 2.281 pessoas infectada com o vírus. Na Bahia já são 85 casos.

“Estamos diante de uma situação em que a pessoa responsável por conduzir o país não tem a menor noção sobre qual caminho tomar. É uma pessoa à deriva frente a situação de pandemia que tem matado milhares de pessoas e vem destruindo os sistemas de saúde dos países mais atingidos. Manter o isolamento social por determinado período é uma medida tanto para evitar que a escala de contaminados cresça num vetor exponencial ainda maior, quanto para impedir o colapso do Sistema de Saúde do país. Se a contaminação de pessoas no Brasil subir igual as escalas de contaminação de Itália e Espanha, além dos mortos pelo coronavirus, teremos também um incontável número de mortes decorrentes de outros problemas de saúde, que não encontrarão atendimento nos hospitais superlotados com os pacientes do Covid-19. Em um momento tão delicado como este que estamos passando precisamos de líderes com responsabilidade, equilíbrio, bom senso, liderança e respeito ao conhecimento científico, tudo que falta ao nosso presidente”, afirma Leonardo Viana, presidente do SEEB/VCR.

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