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Qual normalidade?

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com o fim da greve dos caminhoneiros, que paralisou os transportes de cargas rodoviários no país, o governo fez concessões que beneficiaram apenas as grandes transportadoras. Escondendo a realidade, o Presidente Temer e sua equipe se utilizam da mídia para dizer que o Brasil voltou ao normal.
No acordo fechado pelo governo, o prejuízo será arcado por toda população que terá que bancar os aumentos de outros combustíveis, além da redução de investimentos em cerca de 16 programas sociais que afetam fortemente os setores mais necessitados da população. O corte atinge desde o Sistema Único de Saúde (SUS) às políticas públicas para a juventude, o enfrentamento da violência contra as mulheres e os programas de incentivo a moradia digna.
Com a intervenção militar no Rio de Janeiro e com as facções criminosas comandando a criminalidade de dentro dos presídios, a violência contra os jovens negros e moradores da periferia ainda é rotina, e o povo continua na luta diária pela sobrevivência.
Temer chegou ao poder sem legitimidade e a todo momento tem que se defender de novas acusações de corrupção – o que também atinge grande parte da sua equipe de governo -, mesmo assim, continua mandando no país. Será que pode ser considerado normal?
Já é tempo de questionarmos esta normalidade que vivemos. Uma nação, que notadamente possui riqueza suficiente para suprir as necessidades básicas de todo seus habitantes e que poderia proporcionar excelente qualidade de vida para todos, tem deixado escapar todas as chances corrompidas pelos inescrupulosos partidos e políticos que até hoje controlaram as esferas governamentais. Com certeza não será com esta normalidade que construiremos um espaço para que possamos sobreviver com a dignidade que merecemos.

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