Confira a avaliação das diretoras que participaram do encontro que definiu a pauta de reivindicações da categoria.
Sarah Sodré
HSBC/Vitória da Conquista
Diretora Representante na Federação
Foi uma Conferência bastante participativa. Todas as federações levaram as reivindicações específicas de sua base que foram analisadas e adequadas para que contemplassem toda a categoria. Antes da plenária, foram apresentados painéis sobre as consequências da terceirização para a categoria bancária, reforma tributária, estrutura do Sistema Financeiro e conjuntura. O reajuste pleiteado de 16% foi resultado de muitas discussões por parte das diversas centrais sindicais. A crise econômica pela qual passamos é extremamente favorável aos banqueiros, haja vista a lucratividade apresentada no primeiro trimestre. Além do índice, outras reivindicações constam na minuta: melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários, fim das demissões, mais contratações, combate a terceirização entre outros. O Comando Nacional entregará a Fenaban a pauta de reivindicações no dia 11 de agosto, mas desde já nosso Sindicato se prepara para as viagens à base para dialogar com os bancários. Precisamos nos mobilizar para conseguirmos êxito em todas as nossas reivindicações constantes da minuta.
Larissa Couto
BB/Vitória da Conquista
Diretora de Cultura e Formação Sindical
A Conferência Nacional dos Bancários é um fórum importante e contou com a presença de representantes de diversas centrais, tendências políticas, federações e sindicatos de todo o país. Todas as propostas passaram por debates nos grupos específicos para cada tema dando maior dinamismo na construção de um consenso, fortalecendo a unidade para negociar com os banqueiros. Fiquei envolvida com os debates sobre saúde, segurança e condições de trabalho. No tocante à saúde, temas como combate ao assédio moral, metas abusivas, reabilitação profissional e acidentes de trabalho foram o centro das discussões. Atualmente, os bancos têm implantado programas de readaptação que não levam em conta as demandas do trabalhador após o período de afastamento. Os bancários também abordaram a extensão integral de benefícios para funcionários afastados por problemas de saúde. O grupo também tratou de segurança. A categoria quer o fim da revista de funcionários, instalação dos biombos nos caixas e melhor atendimento aos bancários e demais vítimas de assaltos. O índice aprovado foi um pouco abaixo do que defendemos, mas não devemos aceitar dos patrões nenhum argumento como moeda de troca para nossas reivindicações. Não existe crise para os bancos e a única forma de alcançarmos êxito é com a mobilização. Chegou a hora da categoria demonstrar sua indignação com as atuais condições de trabalho e assumir conosco a responsabilidade da luta sindical.