Confira a avaliação dos diretores que participaram do encontro que definiu a pauta de reivindicações da categoria.
Sarah Sodré – HSBC/Vitória da Conquista
Diretora Representante na Federação
Na 18ª Conferência Nacional dos Bancários, além da análise de conjuntura, vários pontos foram abordados a partir da explanação de representante do DIEESE: lucratividade dos bancos, receita de prestação de serviços e a cobertura das despesas de pessoal. Como sempre, os bancos cobrem com folga suas despesas de pessoal com as receitas de prestação de serviços. Sobre a temática Emprego, mesmo lucrando muito, os bancos privados e públicos reduzem seus quadros de funcionários, fazem a rotatividade com o intuito de redução de salários e terceirização crescente, colocando em risco a categoria bancária. Além disso, existe também a reestruturação acelerada nos bancos com alto investimento em tecnologia da informação. Tudo isso nos encoraja a lutar ainda mais por melhores condições de trabalho, uma vez que os bancos possuem alta lucratividade e nós, bancários, não vemos a contrapartida por nossos esforços. Não podemos deixar postos de trabalhos serem reduzidos e substituídos por tecnologia.
Paulo Barrocas – Bradesco/Vitória da Conquista
Presidente do SEEB/VCR
A Conferência Nacional foi de grande importância para definir as estratégias para enfrentar esse difícil cenário em que os grandes grupos financeiros e econômicos estão propondo projetos de lei que retiram direitos e avanços sociais conquistados pelos trabalhadores desde a constituição de 1988. Os ataques atingem desde as instituições públicas até os direitos individuais, trabalhistas, previdenciários e sindicais. Os retrocessos anunciados por este governo golpista são apoiados pelo Congresso Nacional e representam um retorno ao início do século passado. E será nesse contexto que se dará a nossa Campanha Salarial.
Enfrentamos em nosso ambiente de trabalho a falta de segurança, o adoecimento ocupacional e as demissões, com extinção e rebaixamento de funções. Essa nossa realidade, somada à crise política e econômica, requer que nós, bancários, tenhamos uma maior compreensão sobre o momento complicado que estamos vivendo. É preciso que haja a conscientização de cada um para enfrentar a ganância dos grandes grupos financeiros. Além disso, nossa luta não poderá ser coorporativa, tem que ser coletiva e social.
Larissa Couto – BB/Vitória da Conquista
Diretora Diretora de Cultura e Formação Sindical
A Conferência Nacional de Bancários reuniu, em São Paulo, representantes de todo o país para a definição da pauta geral de reivindicações. É importante destacar que a construção da minuta é feita com a participação de todos os sindicatos e federações levando as sugestões das bases pertencentes. Minha participação foi definida para o grupo de “Saúde, Segurança e Condições de Trabalho” e dentro desses temas debatemos a melhoria nos programas de retorno ao trabalho, combate ao assédio moral e sexual, e o abuso na cobrança de metas que interferem diretamente na saúde dos trabalhadores. Em relação à segurança, cobramos a necessidade de portas giratórias, biombos e mais vigilantes. Tive a oportunidade de representar o coletivo de mulheres fazendo a leitura de uma moção de repúdio a qualquer forma de violência contra as mulheres, que foi aprovada por unanimidade em plenária.