O 1º de Maio é fruto da Greve Geral de 1886, na cidade de Chicago, quando milhares foram às ruas contra a jornada de trabalho de 17h. Durante a mobilização foram mortos 12 manifestantes e outros milhares ficaram feridos durante um conflito com a polícia armada.
No Brasil, a primeira manifestação foi registrada em Porto Alegre, em 1894. Além disso, um dos marcos da data em nosso país foi a conquista do salário mínimo em 1940, e a criação da Justiça do Trabalho, destinada especialmente para questões do trabalho e dos direitos dos trabalhadores.
Neste ano, a data será lembrada mundialmente pela tragédia humanitária em decorrência da crise sanitária, econômica, social e política. No Brasil, o desgoverno de Jair Bolsonaro tem sido responsável pela morte de mais de 400 mil pessoas pela Covid-19.
O vírus encontrou no Brasil um terreno ainda mais fértil para sua letalidade. Temos um cenário político de avanço do autoritarismo e uma agenda de ajuste fiscal acelerada, que fragiliza o sistema de saúde pública. Para piorar, quem deveria operar para conter esse caos, tem sido responsável pelo seu agravamento com o negacionismo frente à COVID-19, promovendo notícias falsas e desorientação da população.
Entramos no mês de maio com a instalação de uma CPI da Pandemia, onde estão sendo investigadas as ações do governo que vão desde a omissão diante das recomendações mundiais de combate ao coronavírus, à compra de medicamentos sem comprovação científica. Também está sendo investigada a recusa do governo diante das ofertas de vacinas feitas ao país no ano passado.
Para piorar, a classe trabalhadora enfrenta um péssimo momento econômico. O combustível está em alta constantemente, a gasolina está em média R$6 para o consumidor. As famílias brasileiras já não têm mais condições de colocar os alimentos básicos da cesta básica na mesa. O auxílio emergencial deste ano mal dá para pagar o gás de cozinha. Enquanto o presidente ostenta férias milionárias com seus familiares em plena pandemia. É filé para família Bolsonaro e miséria para o povo brasileiro.
Os bancos, que foram os primeiros a receber auxílio financeiro do governo durante a pandemia, lucram R$79 bi, enquanto milhares estão morrendo. E mesmo sendo um dos poucos setores que ainda tem ido muito bem nesse cenário caótico, demitiram 13 mil bancárias e bancários e fecharam 1.400 agências.
O primeiro de maio deste ano é um momento chave para trabalhadoras e trabalhadores se inspirarem nas lutas dos que vieram e avançar com garra na luta de hoje para garantir um futuro melhor para os que virão.
“Assim como no ano passado, esse primeiro de maio vai ser comemorado sem que trabalhadores e trabalhadoras possam estar juntos presencialmente para celebrar o seu dia. Esse cenário de tragédia precisa ser denunciado pelos trabalhadores do país, pois ele tem nome e sobrenome, o negacionismo do presidente Bolsonaro, com ataques aos serviços públicos e a recusa em adquirir vacinas criou no país um cenário devastador, que acabou com a economia do país, levou o desemprego a níveis elevadíssimos e provocou milhares de mortes em nosso país, além de promover constantes ameaças à democracia, prefeitos e governadores. Por isso esse primeiro de maio deve mobilizar trabalhadores e trabalhadoras para, de maneira uníssona, se levantarem em defesa da democracia, por empregos e vacina para todos, para evitar que o Brasil afunde ainda mais no caos causados pela pandemia e pela tragédia que é o governo Bolsonaro”, aponta Leonardo Viana, presidente do SEEB/VCR.
Para celebrar a data, neste sábado, acontece o 1º de Maio Unitário das Centrais Sindicais – CUT, Força, UGT, CTB, CSB, NCST, CGTB, Intersindical e Pública. O evento do Dia da Trabalhadora e do Trabalhador será virtual por causa da pandemia. A transmissão, que tem como tema Vida, Democracia, Emprego, Vacina Para Todos e Auxílio de R$600, além do impacto da Covid-19 no setor cultural, acontece, às 14h, pela TVT e pelo Facebook da CUT.
A atividade vai mesclar debate político e cultura. Sindicalistas e políticos debaterão a atual conjuntura política, econômica e social do Brasil, com destaque para o desemprego, a escalada da inflação e medidas necessárias para combater a pandemia, gerar emprego e renda e acabar com a fome e a miséria. Já artistas vão garantir muita música boa, poesia e também reflexões sobre a situação do setor cultural, um dos mais afetados pela crise sanitária. Confiram presença: Chico Buarque, Elza Soares, Renegado, Chico César, Osmar Prado, Teresa Cristina, Spartakus, Elen Oléria, Lirinha, Delacruz, Johnny Hooker, Marcelo Jeneci, Odair José, Aíla, Renegado, Bia Ferreira, Doralyce, Gregório Duvivier, Tereza Seibilitz, Paulo Betti e Lucy Alves.
O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região convida toda a categoria para participar desse evento histórico.