O primeiro dia de greve dos bancários foi marcado pela grande adesão da categoria. Em Vitória da Conquista, por exemplo, todas as agências foram fechadas. Nas cidades de Brumado, Itapetinga e Poções a mobilização também se manteve forte e os bancos não funcionaram.
A greve é uma resposta a forma desrespeitosa que os bancos vêm tratando os seus trabalhadores. Na última negociação, que aconteceu no dia 27, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu de reajuste salarial 7,35%, o que representa apenas 0,94% de aumento real ao se descontar a inflação do período.
Os bancários de todo o país estão reivindicando 12,5% de reajuste salarial, além de pautas específicas sobre manutenção do emprego, condições de trabalho, combate às metas abusivas e assédio moral, melhorias na segurança, igualdade de oportunidades e a contratação de mais bancários, para que ocorra a melhoria do atendimento ao público.
Segundo o diretor Financeiro do Sindicato, Jornan Almeida, o setor bancário é o que mais lucra no país, mas mesmo assim não valoriza os seus trabalhadores. “Somente nos últimos seis meses, os bancos lucraram, juntos, mais de R$ 35 bilhões. Infelizmente, o que vemos dia após dia e a desvalorização e o adoecimento dos bancários, que tanto dedicam suas vidas às empresas. Por isto manteremos a greve até conquistarmos melhores condições de trabalho para a categoria”, conclui.