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Dívida Pública Federal fecha 2016 em R$ 3,112 trilhões

A Dívida Pública Federal (DPF) terminou 2016 em R$ 3,112 trilhões, uma alta de 11,4% na comparação com dezembro de 2015, quando o estoque estava em R$ 2,793 trilhões. Dessa maneira, terminou dentro da banda definida pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que é de R$ 3,1 trilhões até R$ 3,3 trilhões.

Segundo os dados do Tesouro Nacional, no fim de 2016, a dívida era composta principalmente por papéis prefixados (35,7%) e atrelados a índices de preços (32,5%). Já os títulos com taxas flutuantes terminaram em 28,2% da dívida, enquanto aqueles atrelados a taxa de câmbio ficaram em 4,2%.

Todos os resultados estão dentro das bandas do PAF. No caso de papéis prefixados e de pós-fixados, isso só foi possível porque o PAF foi alterado em meados do ano passado para acomodar a evolução da rolagem da dívida, que elevou a fatia das LFTs (pós) em detrimento dos prefixados (LTNs e NTN-Fs).

Ainda no encerramento de 2016, a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) registrou um aumento de 0,84%, para R$ 2,986 trilhões. Já a Dívida Federal Externa somou R$ 126,52 bilhões (US$ 38,82 bilhões), o que representa queda de 3,6% na comparação com os números de novembro.

Participação na dívida

A participação de investidores estrangeiros na dívida mobiliária federal interna (DPMFi) caiu de 18,8% em 2015 para 14,33% em 2016. Em valores absolutos, a fatia recuou em R$ 70 bilhões, de R$ 497,84 bilhões para R$ 427,83 bilhões. Essa é a primeira vez que a participação dos não residentes fecha o ano em queda, de acordo com a série histórica iniciada em 2007. Essa saída, explicou o subsecretário da Dívida Pública, José Franco de Morais, se deve ao cenário externo e a opção dos estrangeiros pela realização de lucros.

“Isso aconteceu em todos os emergentes”, afirmou Franco. Além disso, de acordo com ele, “o Brasil foi país emergente que teve melhor performance na classe de ativos. Os títulos do Brasil foram os quer tiveram a melhor performance.”

Ainda em dezembro de 2016, as instituições financeiras responderam por 23,06% da DPMFi, contra 23,6% em novembro e 25% no último mês de 2015. As instituições de previdência fecharam dezembro com 25,05%, ante 24,53% em novembro e 21,37% em dezembro de 2015.

Os fundos de investimento ampliaram participação para 22,09%, após os 21,69% em novembro. Um ano antes, a fatia era de 19,55%. O governo responde por 5,49% ante 5,5% em novembro. Já as seguradoras reduziram de 4,94% em novembro para 4,57% em dezembro.

 

Fonte: O Valor Econômico

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