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As reformas que queremos

Por Alex Leite, diretor de Imprensa e Comunicação.

Com a aceitação da delação dos executivos da Odebrecth pela presidente do Supremo, a Operação Lava-Jato parece prosseguir criando cada vez mais preocupação no governo de Michel Temer.
O envolvimento de centenas de políticos, empresários, e detentores de cargos importantes do governo pode atrapalhar seus planos de chegar ao final do mandato implodindo os direitos dos trabalhadores e entregando o que ainda resta do patrimônio público brasileiro para o setor privado.
No entanto, as reformas necessárias ficam longe da pauta do governo. Na Previdência, por exemplo, o projeto penaliza os trabalhadores, mas não cobra as concessões aos clubes de futebol, militares e outros que representam um rombo de mais de 60 bilhões por ano. Também não apresenta uma reforma eleitoral acabando com o fórum privilegiado para políticos, punição para partidos que possuem criminosos corruptos em suas fileiras, entre outras propostas.
Nada foi dito sobre taxar as grandes fortunas, cobrar verdadeiramente impostos dos bancos e dos rentistas, para obriga-los a investir em produção e desenvolvimento. A classe trabalhadora está ávida por mudanças, mas não essas que tem sido aprovada por um Congresso que, em sua maioria, são apenas oportunistas querendo subir na escala social e não representa os interesses do povo.
As mudanças nas relações políticas, econômicas e sociais precisam acontecer podendo até vir do judiciário, do legislativo ou executivo, mas será mais uma vez a mobilização popular que conseguirá evitar que essas reformas que nós não queremos continuem.

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