As eleições para as presidências do Senado e da Câmara Federal e a nomeação dos membros da Comissão de Constituição e Justiça do Senado demonstraram que a ética e a honestidade não são realmente os valores que permeiam esses setores da sociedade. Praticamente todos estes políticos estão diretamente envolvidos nas ações criminosas que deram origem à operação Lava-Jato. Se até o momento dezenas de empresários e alguns políticos estão presos e fazendo acordos de delação premiada para reduzir suas penas, figuras, como os senadores Renan Calheiros, José Sarney, Aécio Neves, entre outros, continuam se articulando para continuarem impunes. Aproveitando essa conjuntura extremamente difícil para o trabalhador, o governo Temer se utiliza deste Congresso sem credibilidade e atolado em corrupção para aprovar as medidas que os empresários sempre sonharam. As propostas de reformas previdenciárias e trabalhistas trazem medidas drásticas de retirada de direitos e precarização das relações de trabalho, colocando o trabalhador como refém do mercado e do patrão.
Enquanto crescem a repressão e a criminalização dos movimentos sociais com base na Lei Antiterror, sancionada pela ex-presidente Dilma, o governo atual continua colocando a culpa da crise no anterior, mas mantendo a mesma política de juros altos e favorecimento aos banqueiros.
Em momentos sombrios como o que estamos vivendo, de dilapidação do que ainda resta de patrimônio público e ataques às estatais, que poderiam ser utilizadas para alavancar políticas de desenvolvimento econômico e social, é que aumenta ainda mais a responsabilidade da classe trabalhadora como elemento de resistência para impedir que os retrocessos que estão em pauta não inviabilizem o sonho de um país com justiça social para todos.
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