Reagindo a ataques tramados pelo governo, bancários de Vitória da Conquista somarão forças à mobilização de trabalhadores de diversas classes, movimentos sociais e estudantis de todo Brasil que irão às ruas no dia 28 de abril para esclarecer a população e pressionar o Congresso Nacional a barrar as reformas trabalhista e da Previdência, e contra a aprovação do projeto da terceirização, sancionada recentemente pelo presidente Temer.
A participação da categoria na Greve Geral foi deliberada, por unânimidade, em assembleia na noite da última terça-feira (18), realizada na sede do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região.
As Propostas de Emenda à Constituição formuladas pelo governo se configuram como o pior ataque contra a classe trabalhadora dos últimos anos. A PEC 287/2017, que pode ser encarada como o fim da Previdência Social, visa aumentar o tempo de contribuição e a idade mínima para homens e mulheres para obtenção da aposentadoria. Além disso, os trabalhadores rurais serão extremamente prejudicados.
Já o PL 6.787/2016, pretende alterar, criar e revogar artigos da CLT, a iniciativa que resultará em total prejuízo a direitos adquiridos pela classe trabalhadora há 74 anos, como a redução da remuneração do trabalhador e a flexibilização das jornadas de trabalho, por exemplo. O projeto ainda ampara a prevalência do negociado sobre o legislado, o que na prática legitima negociações impostas, pois não leva em consideração a desigualdade de forças entre as partes.
Além disso, a nova Lei da Terceirização precariza ainda mais as relações de trabalho, retirando direitos e ampliando a exploração.
O bancário da CEF, Róger Róner, ratificou a importância da união da categoria. “Os bancários precisam participar desta Greve Geral do dia 28, porque estamos lidando com um governo golpista e que tem atentado contra os direitos dos trabalhadores de forma cruel e jamais vista antes neste país. Precisamos unir nossa força contra estes desmandos”, afirma.
Para o presidente do Sindicato, Paulo Barrocas, este é o momento para a classe trabalhadora se organizar e reagir. “Neste momento em que todo cidadão brasileiro está sofrendo ataques do governo e do Congresso, com retiradas de direitos, é fundamental que toda a sociedade se organize. Se o trabalhador ficar isolado, é mais difícil o enfrentamento. O governo se utiliza de todas as formas para desmobilizar, inclusive criminalizando os movimentos sindicais e sociais. Demos um importante passo para a Greve Geral com a aprovação da paralisação da nossa categoria no próximo dia 28”, conclui.
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