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Fala, trabalhador: por que participar da Greve Geral?

""Euvaldo Contiguiba

Professor

Há uma união nacional contra esse golpe que está acontecendo aí, principalmente, contra o ataque violento aos direitos dos trabalhadores. Com a possibilidade da terceirização completa, em todas as atividades, vai ser criado um sistema em que as empresas vão dispensar os funcionários e vão subcontratar por preços menores o que, literalmente, vai transformar a força de trabalho num leilão para aquisição. As empresas que oferecerem menos custos vencerão este leilão e, claro, só há uma possibilidade de reduzir estes custos: negando direitos trabalhistas.

 

""Paulo Sérgio

CEF/Mongoiós

A pessoa que atualmente ocupa o posto de presidente da República está apenas cumprindo o script que foi imposto a ele e vem sendo cobrado pelos grandes empresários, banqueiros e a grande mídia do país, que se aproveitam das crises política, ética e social que estamos enfrentando e querem impor reformas neoliberais. Nós, bancários, já somos vítimas da terceirização. Estão nos impondo apenas mais uma iniciativa do capital, dessa “financeirização” da vida, de desmerecimento e desvalorização do trabalhador.

 

""Tarcísio Matos

Delegado Sindical do Sindireceita

O governo está procurando, de maneira muito rápida, aprovar uma chamada “reforma da Previdência”, que, na realidade, não é reforma, é desmanche. Uma grande resistência a isso começa a tomar conta de todo o país. Uma grande conquista da sociedade brasileira, com a Constituição Federal, foi a Seguridade Social, composta por três pilares: Saúde, Assistência Social e Previdência. Há várias fontes de custeio, mas o governo tem utilizado só a Previdência para apresentar déficit. É óbvio que, retirando grande parte das fontes de receitas, analisando só despesas, só pode ser apresentado um valor deficitário.

""Lázaro Lima

BNB/Vitória da Conquista

O conjunto da obra, a terceirização, a Reforma Trabalhista e a Reforma da Previdência, está contribuindo para destruição do que hoje chamamos de emprego. A partir da aprovação destas reformas, tudo que a gente pensa sobre emprego vai ser mudado. Principalmente no nosso caso, o emprego bancário tende a ser destruído ao longo do tempo, já que os bancos não terão interesse em contratar um funcionário próprio. Essas instituições vão preferir pegar uma mão-de-obra terceirizada, não vai ter responsabilidade sobre isso e, consequentemente, terão lucros maiores.

 

""Leila Cruz

Docente da UFBA

Seremos todos muito prejudicados com as mudanças previdenciárias, especialmente nós, mulheres, que já recebemos salários mais baixos que os homens, temos duplas e terceiras jornadas de trabalho, desempenhamos cargas de atividades que não são reconhecidas como trabalhos pela sociedade, como afazeres domésticos e cuidados com as crianças. Isso respalda uma idade de aposentadoria menor, mas o governo quer igualar com os homens, o que só ratifica nossa situação de desigualdade. Isso tudo, é um retrato da mercantilização da força de trabalho.

 

""Sara Ribeiro

BB/Vitória da Conquista

A mobilização reflete o quanto o governo Temer é agressivo em relação aos direitos dos trabalhadores. Precisamos mostrar que não aceitamos isso passivamente e que, se existe uma base de governo apoiando, não existe um povo que os apoia. Não vamos ficar parados nem calados. É triste ver esse tipo de mudança ser votada, aceita e defendida por pessoas públicas que deveriam estar ampliando os nossos direitos. É triste, mas não podemos ficar parados, apenas com este sentimento. Temos que nos manifestar e paralisar, causando prejuízos aos empregadores, para que essas reformas não sejam aprovadas.

 

""Arlete Dória

Presidente do SIMMP

Entendemos que uma ampliação da terceirização, como vem sendo proposta, vai quebrar todos os direitos anteriormente adquiridos. Nós, como professores, sendo também cerceados, não podemos deixar de estar na rua, reivindicando para que não sejam cortados nossos direitos, conquistados por meio de muitas lutas. Estamos em luta contra estas reformas trabalhistas e da Previdência. É inadmissível aceitar estas contrarreformas.

 

""Daniele Couto

CEF/Vitória da Conquista

Estas reformas são muito nefastas à classe trabalhadora. Diversas categorias estão reunidas para dizer que não aceitam esses desmandos que estão vindo como uma avalanche para cima do trabalhador. O governo Temer, que é um governo ilegítimo, está querendo cobrar somente da classe trabalhadora a conta da crise, mas nós não aceitamos isso e vamos lutar até o final para que essas reformas não passem e nenhum direito, conquistado através de décadas de lutas, nos seja tirado.

 

""Guilherme Souza

Servidor do Ministério Público Federal

Só a união poderá fazer com que as tramitações destas mudanças sejam barradas. A terceirização irrestrita eleva a precarização do trabalho a níveis absurdos, e o próprio Ministério Público do Trabalho já condenou a prática, devido a perdas de direitos e identidade dos trabalhadores. A reforma trabalhista também significa a extinção de direitos. Todo trabalhador sabe que não existe negociação patrão/empregado, existe imposição do lado mais forte, que é o patrão.

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