Com 12 anos atuando como bancário do Banco do Brasil pela região, Maxuell Barreto traz consigo uma história de muita intimidade com a capoeira desde os 10 anos de idade. O amor pela arte genuinamente brasileira e de matriz africana é tão grande que, quando o banco liberou sua transferência para agência de Brumado, sua cidade natal, Maxuell resolveu aproveitar o grande potencial de transformação sociocultural da capoeira para ajudar, principalmente, crianças de bairros carentes sem acesso a práticas esportivas e culturais. Em parceria com o professor de capoeira Boca e apoio de amigos, em março de 2008, o bancário se empenhou num sonho: o projeto “Capoeira na Escola”.
O projeto, que promove oficinas gratuitas de capoeira, maculelê, samba de roda, dança afro e percussão para comunidade carente ou em risco de vulnerabilidade social, é desenvolvido de forma voluntária, no prédio da Escola Municipal Élcio José Trigueiro, em Brumado. Atualmente, cerca de 80 pessoas são atendidas pelo projeto, entre crianças e adolescente de seis a 22 anos de idade.
O bancário, que ocupa o cargo de presidente da AABB há cerca de dois anos e meio, se enche de orgulho do trabalho social que realiza. “A capoeira é um grande instrumento de inclusão social, levando educação e cultura ferramentas essenciais na formação de pessoas de bem. Ensinamos desde cedo sobre a cultura brasileira, estimulando nos estudos, buscando maior rendimento escolar dessas crianças e estamos sempre em contato com a escola para saber do desempenho dos alunos. Essas ações ajudam na formação de jovens conscientes do seu papel na sociedade. Já temos alunos que ingressaram crianças no projeto e hoje trabalham como instrutores em outros programas, conquistando uma renda própria”, destaca Maxuell.
O professor de capoeira faz parte do Grupo Internacional de Capoeira Topázio, um grupo que se dedica à difusão e à quebra de preconceitos da arte em cerca de 40 países em todos os continentes. “Com a globalização, o crescimento da exposição na mídia, reconhecimento pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, a capoeira conseguiu atingir todas as camadas da sociedade. Atualmente, quase não sofro preconceito por conta da capoeira, mas sei que ainda existe, até mesmo por ignorância e desconhecimento do seu valor”, avalia. Além de se dedicar à capoeiragem, o bancário também pratica outros esportes, como o Jiu-jitsu, pelo qual é graduado na faixa marrom.
Caso você tenha interesse em conhecer mais sobre o projeto “Capoeira na Escola” ou apoiar a causa, entre em contato com Maxuell pelo email: [email protected]
Veja Mais!
Violência contra mulher é física e social
" Só alcançaremos mudanças sociais com a participação ativa das mulheres "