Por Larissa Couto, vice-presidente do SEEB/VCR.
A mobilização convocada pelas principais centrais sindicais do país, apoiadas pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ocupou Brasília pela saída do presidente Michel Temer, contra as reformas da Previdência e trabalhista e pela realização de eleições diretas como saída para a crise política.
O que aquela grande concentração de trabalhadores vivenciou foi, de fato, a luta por um único ideal de justiça social, a unificação de todas as propostas e o desejo pela retomada da democracia e ampliação de programas capazes de atender a maioria. Diferentemente do que foi retratado pela grande mídia, o que vimos foi gente de bem, mulheres e homens que desejam avançar nas conquistas, apesar de toda repressão sofrida. Repressão, violência, ataques, massacre. De um lado milhares de pessoas lutando sem armas, apenas gritando pela saída dos golpistas e por uma pauta social justa. Do outro lado, a segurança armada com bombas, gás, armas de fogo, cavalaria, helicópteros e todo um aparato de guerra para dispersar os militantes, demonstrando a insustentabilidade de um governo que necessita promover cenas lamentáveis para se sustentar no poder.
Este Congresso é o mais reacionário da história do Brasil, porque está atrelado aos interesses dos grandes grupos econômicos e, com isso, eleições indiretas agora não resolvem os problemas da crise, da população, das reformas que esse governo está querendo levar adiante. Governar para poucos é certeza de prejuízo para todo mundo. Uma nova greve geral já está em pauta e nós continuaremos nas ruas buscando a manutenção dos direitos da classe trabalhadora.