A prisão de Geddel Vieira Lima, ex-ministro dos governos de Lula e Temer e vice-presidente de Pessoa Jurídica da CEF durante o mandato de Dilma Rousseff, demonstra, mais uma vez, que as relações estabelecidas entre os partidos políticos para chegar ao poder não podem trazer benefícios para a maioria da população. O voto que possibilita, em tese, o direito de escolha do cidadão nunca é respeitado. Quem vota acreditando que os programas publicitários durante a campanha eleitoral são verdadeiros tem sido vítima dos estelionatos praticados por muitos dos que se apresentam como representantes do povo.
Após o engodo eleitoral, o mercado dos cargos públicos, que possibilita o acesso as verbas que deveriam servir para desenvolver o país e prestar os serviços públicos necessários a população, passam a ser distribuídos apenas para cumprir os acordos partidários.
Envolvido em denúncias desde os 25 anos de idade, acusado de desviar milhões de reais do BANEB para beneficiar sua família ou fazendo parte da gangue dos “anões do orçamento”, Geddel continuou se beneficiando do setor público para obtervantagens. Ou seja, mesmo com um currículo que demonstra a sua participação em vários escândalos, este personagem continua, assim como vários outros, fazendo parte do esquema de poder montado para achacar as finanças do país.
O uso da nomeação de cargos nas estatais para acordos partidários com base na corrupção já é uma prática antiga que só vem sendo aperfeiçoada ao longo dos tempos, muito antes da redemocratização do país.
Por isso a importância de fortalecer a luta dos bancários em defesa das empresas estatais como instrumento de implementação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento econômico e social e não para o financiamento da corrupção partidária. Queremos punição para aqueles que insistem em cometer estes crimes.
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