A onda de baixas temperaturas, que tem atingido Conquista e várias cidades do Brasil, parece ter colocado na geladeira as mobilizações pela queda do Presidente da República. Apesar da opinião pública demonstrar uma reprovação histórica, Temer segue abertamente se utilizando das verbas públicas para se manter no poder. Com a conivência dos parlamentares que aceitam e admitem receber benefícios para ficar a favor do governo, continua o risco da denuncia de corrupção ser engavetada pelo plenário do Legislativo.
A desfaçatez dos envolvidos nos escândalos de corrupção aparecendo na imprensa, e continuando sem as punições que sofreriam quaisquer cidadãos comuns que cometessem os mesmos crimes, parece anestesiar a sociedade que não vê alternativa com esse modelo de governabilidade. Essa imobilidade afeta também a maioria da centrais sindicais que representam os trabalhadores. Sem a confiança de grande parte dos seus representados, em uma conjuntura de crise econômica e desemprego, não conseguem fazer com que a participação da classe trabalhadora nas poucas manifestações convocadas possa surtir o efeito desejado de barrar as reformas.
No próximo dia 2 de agosto, está marcada a sessão extraordinária que definirá se a denúncia de corrupção passiva contra Michel, apresentada pela Procuradoria Geral da República, deve seguir ou não. A saída de Temer seria um passo importante para barrar os projetos nefastos que ainda estão em curso contra a população brasileira. Até o momento, nenhuma manifestação foi convocada pelas maiores centrais para pressionar os congressistas. Enquanto isso, a tentativa de aprovar uma medida que impeça a punição de eventuais candidatos e absolva os envolvidos na corrupção segue em ritmo de verão.
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