No primeiro semestre de 2017, o Banco do Brasil obteve um Lucro Líquido Ajustado de R$ 5,2 bilhões, que representou um crescimento de 67,3% em doze meses e 5,3% no trimestre. De acordo com o relatório do banco, o resultado foi impactado principalmente pelo aumento das rendas de tarifas e redução da despesa de provisão, quando comparado ao primeiro semestre do ano anterior. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) ficou em 10,4%, com alta de 3,8 p.p. no período.
A Carteira de Crédito Expandida do banco caiu 7,6% em doze meses e atingiu R$ 696,1 bilhões (ligeiro crescimento de 1,1% no trimestre). As operações com pessoas físicas caíram 2% em relação ao 1º semestre de 2016, mas ficaram estáveis no trimestre, chegando a R$ 185,9 bilhões. As operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 277,2 bilhões, com queda de 15,4% em doze meses e de 1,3% no trimestre. Já as operações com o agronegócio cresceram 2% em doze meses e, em relação ao primeiro trimestre, o crescimento foi de 4,5%. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias apresentou alta de 0,85 p.p. no período, ficando em 4,11%. As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) caíram 5,7%, totalizando R$ 13,4 bilhões.
As receitas com prestação de serviços e a renda das tarifas bancárias cresceram 10,0% no período, totalizando R$ 12,4 bilhões, decorrente da intensificação da estratégia digital. As despesas de pessoal, considerando a PLR, caíram 1,8%, atingindo R$ 10,9 bilhões, permitindo a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias em 113,5%.
A holding encerrou o primeiro semestre de 2017 com 99.603 empregados, com fechamento de 10.012 postos de trabalho em relação a 30 de junho de 2016. O expressivo fechamento de postos de trabalho se deveu à adesão de mais de 9,4 mil trabalhadores ao Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI), anunciado em novembro de 2016. O número de agências se reduziu em 543 unidades, em virtude do plano de reorganização institucional que previa, no decorrer de 2017, o fechamento de 402 agências e a transformação de 379 agências em postos de atendimento. Não há no relatório menção ao número de PAB’s, mas verificou-se que a rede própria do banco foi reduzida em 1.083 pontos de atendimento.
Para o secretário de Imprensa do Sindicato e representante da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Rafael Zanon, “mesmo num período de recessão os bancos brasileiros continuam apresentando lucros altíssimos, concentrando renda e ampliando a desigualdade social no país. As altas taxas reais de juros representam grande parte desse resultado. Ainda assim, os bancos públicos e privados fecham agências e restringem o atendimento à população de menor renda”, ressalta.
Pagamento da PLR
Conforme definido no Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho sobre a PLR, o pagamento deve ser realizado “em até dez dias úteis após a data de distribuição dos dividendos ou JCP-Juros sobre Capital Próprio aos acionistas”. Como o BB divulgou que pretende pagar os acionistas até 31 de agosto, o prazo final para pagamento da PLR aos bancários e bancárias é 14 de setembro, podendo ser pago antes.
Confira a íntegra do Acordo sobre PLR do BB aqui.
Fonte: Bancário do Distrito Federal com informações do Dieese